22 DE NOVEMBRO DE 2013
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Já aqui foi realçado que foi este Governo que criou a majoração para os casais desempregados, quando
ambos os cônjuges estão nessa situação, o que, naturalmente, lamentamos, e para as famílias
monoparentais. Mas gostaria de enfatizar aqui um aspeto que tem a ver, exatamente, com o facto de não ter
havido uma redução do subsídio social de desemprego no tempo, quando essa redução no tempo aconteceu
para o subsídio de desemprego.
Ou seja, aquela que é, hoje, a preocupação aqui expressa pelo Partido Socialista já este Governo a teve,
numa dimensão social, quando não adequou o tempo do subsídio social de desemprego em relação à
diminuição que teve de fazer por força dos compromissos estabelecidos no Memorando de Entendimento,
tendo manifestado, com isso, a sua grande preocupação social.
Quero ainda aproveitar esta oportunidade para realçar o seguinte: o desemprego jovem é, efetivamente,
algo que muito nos preocupa e para o qual estamos a trabalhar, de modo a que, em 2014, se possam
concretizar mais respostas, uma maior intensidade de respostas, no sentido de promover o emprego dos
jovens, a sua qualificação e a sua inserção no mercado de trabalho.
Mas alguma coisa tem sido feita e permita-me que recorde que entre o terceiro trimestre de 2012 e o
terceiro trimestre de 2013 houve uma redução da taxa de desemprego jovem em 3%. Isto, naturalmente,
resulta da concretização de algumas medidas tomadas pelo Governo, ao nível da legislação laboral e ao nível
do mercado de trabalho, mas é também muito positivo aquilo que as empresas e a economia social têm feito
por este País, na criação do emprego.
Essa criação de emprego, que, nos últimos dois trimestres, se traduziu em 120 000 postos de trabalho, tem
de ser aqui saudada, porque ela é o resultado do dinamismo das empresas portuguesas, dos empresários, do
setor exportador e também da economia social.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, segue-se uma proposta, apresentada pelo PCP, de aditamento de
um artigo 115.º-B — Valorização das longas carreiras contributivas; uma proposta, apresentada pelo BE,
também de aditamento de um artigo 115.º-B — Alteração ao Decreto-Lei n.º 176/2003, de 2 de agosto, e uma
proposta, apresentada pelo BE, de aditamento de um novo artigo 115.º-C — Reposição do abono de família.
Relativamente a esta última proposta, a Mesa regista a inscrição da Sr.ª Deputada Catarina Martins, para
uma intervenção.
Tem a palavra, Sr.a Deputada.
A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: A austeridade faz vítimas, muitas delas
crianças.
Portugal é o País da zona euro com maior pobreza infantil e aquele que menos apoia as suas crianças. O
Bloco de Esquerda propõe a reposição do abono de família a meio milhão de crianças a quem foi retirado e a
reposição da majoração do abono de família aos dois escalões com menores rendimentos.
Propomos ainda a majoração do abono de família em caso de famílias afetadas pelo desemprego, como
acontece com as famílias monoparentais.
Para além disso, criamos um mecanismo que permita a reavaliação automática do escalão de abono de
família e a ação social escolar, em caso de perda de rendimentos da família. A criança não pode ficar à espera
do apoio para os manuais e para as refeições escolares de que precisa. Como nos lembra a UNICEF, cada
criança só tem uma hipótese de bom desenvolvimento físico e mental, não pode esperar e cabe-nos a nós
garantir as condições para que cresçam.
Aplausos do BE.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, segue-se o artigo 116.º — Pensões de sobrevivência dos cônjuges e
ex-cônjuges, que é o último desta parte do debate.
A Mesa regista a inscrição dos Srs. Deputados Pedro Jesus Marques, do PS, e Adão Silva, do PSD.
Tem a palavra, Sr. Deputado Pedro Jesus Marques.