23 DE NOVEMBRO DE 2013
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Para a proposta, apresentada pelo BE, também de aditamento de um artigo 159.º-A (Garante o acesso
universal à água e ao saneamento), tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Coimbra.
O Sr. Bruno Coimbra (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados:
Relativamente ao setor das águas, existem diversas necessidades prementes, a saber, de reestruturar o setor,
de promover a harmonização tarifária, de garantir a sustentabilidade económico-financeira e de reduzir as
perdas que, em alguns casos, chegam a atingir os 80%. Estas prioridades são assumidas plenamente por este
Governo. Já por diversas vezes foi explicado que a visão do Governo e desta maioria que o suporta passa
pela reestruturação do setor das águas, sem que esteja em cima da mesa a sua privatização.
Fica, assim, em aberto a possibilidade de, no final deste processo de reestruturação, se manterem estes
serviços na esfera pública ou concessionar apenas parte deles.
Já no setor dos resíduos, dada a maturidade que o setor atingiu, proceder-se-á à privatização da EGF
(Empresa Geral do Fomento) de uma forma que garanta a sua regulação ambiental e sustentabilidade
económico-financeira.
É óbvio, Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, que estes objetivos, que dão resposta aos desafios que
enfrentamos, não se coadunam com as limitações impostas por propostas do PCP já em pontos anteriores,
nem passam por estabelecer mínimos vitais gratuitos, como é proposto agora pelo Bloco de Esquerda.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem a palavra o Sr. Secretário de Estado do Ambiente.
O Sr. Secretário de Estado do Ambiente: — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Relativamente à
sustentabilidade dos sistemas de abastecimento de água, referidos pelo Sr. Deputado, gostaria de referir que,
de facto, foi importante e significativo o investimento feito, nos últimos anos, em abastecimento de água.
Conseguimos que 95% da população tenha acesso a água potável, sendo que 98% dessa água é de
qualidade. Porém, esse investimento implicou financiamento e custos e estes custos implicam que os sistemas
sejam sustentáveis para continuarmos a assegurar esse direito, que é um direito fundamental, às populações.
Neste sentido, a sustentabilidade dos sistemas é fundamental e, neste aspeto, destaco o PAEL (Programa
de Apoio à Economia Local), através do qual 90 autarquias já fizeram pagamentos às águas no valor de 442
milhões de euros e mais 18 municípios aguardam o visto do Tribunal de Contas para fazer esse pagamento.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Srs. Deputados, ainda no Capítulo X, seguem-se os artigos 160.º
(Transferência de IVA para a segurança social), 161.º (Transferência do património dos governos civis) e 162.º
(Mecanismos de garantia em relação a dívidas de municípios a sistemas multimunicipais) e uma proposta,
apresentada pelo PS, de aditamento de um artigo 162.º-A (Ensino obrigatório do Inglês no 1.º ciclo do ensino
básico).
Para intervir sobre esta última proposta, tem a palavra o Sr. Deputado Acácio Pinto.
O Sr. Acácio Pinto (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: Face à
relevância do multilinguismo, o Governo do PS foi pioneiro na introdução do Inglês como oferta obrigatória nas
atividades de enriquecimento curricular do 1.º ciclo.
Só que esta opção do PS esbarrou numa ideologia elitista de Nuno Crato e do Governo, a de operar um
retrocesso na escola pública e de reduzir o espetro formativo dos nossos alunos,…
Protestos de Deputados do PSD.
… ao acabar com o Inglês como oferta obrigatória no 1.º ciclo.
Vozes do CDS-PP: — Obrigatório?!