26 DE NOVEMBRO DE 2013
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dois anos, pelas várias associações representativas do setor e que foram categoricamente desmentidas pelos
dados oficiais incluídos neste relatório.
O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Não, não!
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — Este relatório, que foi feito pelo grupo
interministerial, é o primeiro relatório que não usa estimativas mas dados oficiais, sólidos e consistentes, que
foram recolhidos pelos vários departamentos do Estado, a saber: a Autoridade Tributária, a segurança social e
outros institutos públicos e departamentos do Estado.
Protestos do PS.
E, ao contrário do que o PS continua a dizer, em completo confronto com a realidade, o impacto financeiro
desta medida não foi negativo para o Estado mas, sim, positivo.
Vozes do PCP: — Oh!
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — O PS diz, baseado nos números e nas estimativas
erradas que foram veiculadas nos últimos dois anos, que o impacto financeiro para o Estado seria negativo —
imagine-se! — em 850 milhões de euros. Pois bem, os dados oficiais desmentem categoricamente esta
realidade.
O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Não é verdade!
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — E o que dizem é que o impacto financeiro para o
Estado, no seu todo, foi um impacto positivo de cerca de 180 milhões de euros, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Mande os dados para o Parlamento!
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — Por isso, os objetivos de consolidação orçamental
foram atingidos, por mais que os partidos de esquerda continuem a apregoar dados que são falsos, que não
são verdadeiros.
Mas quero também dizer outra coisa, Sr.ª Deputada. Exigia-se ao PS — e já não digo aos outros partidos
de esquerda — que, depois da publicação deste relatório oficial, com dados oficiais sólidos e consistentes,
apresentasse, pelo menos na sua proposta, esses mesmos dados oficiais e não aderisse, de uma forma
acrítica e sem critério, às estimativas que não têm absolutamente nada a ver com a realidade e que foram
veiculadas nos últimos dois anos. Era o mínimo que se podia exigir a um partido com vocação governativa,
como é o PS.
Mas há outra coisa que também se podia exigir ao PS. Era que, quando fala do setor da restauração,
falasse também do combate à fraude, à evasão e à economia paralela, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — E fala!
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — Neste momento, estima-se que, em 2013, a receita
do IVA no setor da restauração chegue a 600 milhões de euros. Isto significa um acréscimo de cerca de 140%
face ao ano de 2011.
Aplausos do PSD.
Protestos do Deputado de Os Verdes José Luís Ferreira.
O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — E em 2012?!