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5 DE DEZEMBRO DE 2013

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ganhos para todos, por um lado para aqueles que «defendem a sua dama», os seus representados, os seus

associados e, por outro lado, para o Governo, que, com um espírito mais aberto, consegue também fazer com

que os resultados das políticas tenham mais sucesso.

Porém, Sr. Deputado, nem todas as pessoas estão interessadas em que haja acordos — é verdade. A este

propósito, ouvimos bem a intervenção da Sr.ª Deputada Rita Rato, que começou por dizer que não era

aceitável aquilo que aconteceu, mas devolvo-lhe isso, Sr.ª Deputada. O que para o Partido Comunista é muito

difícil de aceitar é que haja sindicatos amigos do Governo e sindicatos amigos do Partido Comunista. É a única

maneira com que o PCP consegue dividir o mundo sindical.

Aliás, nós conhecemos muito bem o problema histórico do PCP com a liberdade sindical e com a

democracia sindical.

Protestos do PCP.

Aplausos do CDS-PP.

Quer em Portugal, nos anos do estabelecimento da terceira República, em que os senhores sempre foram

contra a democracia sindical, quer nos outros países que o PCP sempre viu como o seu grande farol na

política internacional sabemos bem como era tratados os sindicatos que não fossem da linha do governo e do

partido comunista do respetivo país!

Protestos da Deputada do PCP Rita Rato.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sindicato, sim, desde que seja fantoche!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP). — Sr.ª Deputada, digo-lhe desta bancada, que não acredita nos

coletivismos: a Sr.ª Deputada não está a dizer mal dos sindicatos, está a dizer mal das dezenas de milhares

de professores que estão inscritos nesses sindicatos e que dão tudo para chegar a acordos com o Governo

mesmo nos momentos mais difíceis.

Vozes do CDS-PP: — Ora bem! É isso mesmo!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP). — Também não é difícil perceber que quando há entendimento isso lhe

faça confusão, porque a bancada do Partido Comunista é a bancada que neste Parlamento apela sempre à

rua à procura de uma força que os votos nunca lhes deram. E, por isso, Sr.ª Deputada, não estamos à espera

que o PCP fique contente com a existência de um entendimento, nesta como noutras matérias. O PCP está

sempre a dizer que tem é de se resolver as coisas com a luta, na rua, enfim, não sei muito bem…

Protestos da Deputada do PCP Rita Rato.

Mas a verdade, Sr.ª Deputada, é que, em Portugal, quem decide as políticas são as instituições

democráticas e, sempre que isso aconteça, nos respetivos fóruns ou fora dos fóruns próprios, fora dos

mecanismos mais formais, sempre que se registar entendimento, cá estaremos quer para o felicitar quer para

apelar ao Governo que possa entender-se quando tal, à partida, parece não ser possível.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Rita Rato (PCP). — Peço a palavra, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caieiro): — Para que efeito, Sr.ª Deputada?

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Para uma interpelação à Mesa sobre a condução dos trabalhos.