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11 DE DEZEMBRO DE 2013

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O Sr. Adão Silva (PSD): — VV. Ex.as

disseram mal de tudo e continuam a dizer mal de tudo. No entanto, o

País real já está noutro caminho! O País real está a dar a volta, mas VV. Ex.as

continuam a dizer que não, que

o País real está-se a afundar! Não está, Sr.ª Deputada! O País real, na economia, no emprego, nas contas

externas, no saldo orçamental, está a dar a volta, Sr.ª Deputada!

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Mas, veja bem, Sr.ª Deputada: em todo o labirinto, é preciso que haja um fio de

Ariadne para conseguirmos sair. Vou dizer-lhe qual deveria ser o seu fio de Ariadne — seu e do Partido

Socialista. Era uma atitude de disponibilidade para o diálogo e para a construção de um País diferente. Era a

vossa disponibilidade para encontrarmos plataformas de forma a nos desenvolvermos e termos um futuro

garantido para os portugueses. Mas VV. Ex.as

optam pelo contrário. VV. Ex.as

optam pela solidão do vosso

próprio labirinto.

Sr.ª Deputada, não se esqueça que em todos os labirintos pode haver um Minotauro. Se calhar, no do

Partido Socialista, também está um Minotauro à vossa espera.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Honório.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos, queria cumprimentá-la

pela sua intervenção e pelo retrato rigoroso que fez: o de um País que recua mais de uma década, deste

sonho da direita de Ó tempo volta para trás, deste retorno de Portugal, que é indicador de atraso, fruto destas

políticas — porque, objetivamente, as políticas de austeridade da direita são políticas de atraso — e do

radicalismo ideológico que as sustenta, do fanatismo, do sectarismo, do persistir em frente contra a evidência

de todos os erros.

Lançou-nos um repto: o que é que o Parlamento tem a dizer a estes homens e a estas mulheres,

condenados ao desemprego ainda tão jovens? O que é que o Parlamento tem a dizer a estes jovens, a esta

geração tão qualificada enviada para fora do País?

E o que é que o PS também tem para lhes dizer, Sr.ª Deputada, nomeadamente, hoje, quando temos

dados novos, no sentido de que estas políticas mais recentes e as alterações ao Código do Trabalho

produziram um saque sem precedentes aos rendimentos do trabalho e a uma transferência dos rendimentos

do trabalho, neste último ano, entre 2,5 milhões de euros de rendimentos dos trabalhadores para as empresas,

de transferência dos rendimentos do trabalho para o capital e de ataque — ataque ao salário, ataque ao

trabalho, ataque ao descanso dos trabalhadores? Fale-nos do que é que o PS tem para dizer aos portugueses

e às portuguesas que são vítimas desta violência, desta política de ataque aos direitos de trabalho e de ataque

ao salário, desta transferência desavergonhada para o capital, que permite a um Soares dos Santos,

«contentinho», ter o desplante de dizer ao País que essa coisa da soberania nem interessa muito e que, desde

que haja qualquer coisinha para a troca, ele até fica satisfeito. Ele está bem satisfeito, Sr.ª Deputada! Mas é

preciso responder à violência da exploração que resulta destas políticas, nomeadamente das alterações que

os senhores fizeram ao Código do Trabalho.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Adão Silva, a minha intervenção e a

intervenção do PS neste Plenário não é para reduzirmos o debate ao desespero de uns e de outros. Penso

que é profundamente redutor do que deve ser o nosso debate e do que é a nossa responsabilidade na análise

que fazemos da realidade.

Mas, Sr. Deputado, eu sei de uma coisa e não hesito em afirmá-la: a maioria parlamentar fazer das

previsões e de dados um pouco menos negativos — porque é assim que quer o INE quer o Banco de Portugal