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11 DE DEZEMBRO DE 2013

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No entanto, o Partido Socialista resolveu ignorar toda a gente. Aliás, esta era uma imagem de marca do

então Governo do Partido Socialista: ignorar e não tratar como devia de ser os assuntos importantes.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Leite Ramos (PSD): — Relembro ao Sr. Deputado, se quiser ouvir, que foi em junho de 2013 —

repito, junho de 2013 — que a UNESCO decidiu que o projeto era compatível, sob um conjunto de condições

que foram impostas.

E o que é mais extraordinário — a terceira curiosidade — é que é agora, que as obras estão a decorrer, é

agora, que o Governo português, junto da UNESCO, recuperou a credibilidade e deu as garantias necessárias

para compatibilizar as obras, que o Partido Socialista traz a esta Câmara um projeto de resolução dizendo ao

Governo — porque é disso que se trata, Sr. Deputado — para continuar as obras.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Mas numa matéria destas a UNESCO tinha de ser ouvida?! Numa matéria

destas?!

O Sr. Luís Leite Ramos (PSD): — Sr. Deputado, não acha curiosos a posição e o projeto de resolução do

Partido Socialista?

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Helena Pinto,

do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Se me permite, Sr. Deputado Mota

Andrade, vou começar pelas palavras iniciais da sua intervenção. Disse o Sr. Deputado que, quando este

projeto de resolução do PS foi apresentado, existiam várias pressões contra a conclusão das obras na

barragem do Tua. Sr. Deputado, havia e há! Existe um movimento no nosso País que acha que a barragem

deve ser suspensa.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Aliás, Sr. Deputado, em breve, virá a este Plenário, através de uma petição

que recolheu milhares de assinaturas, novamente este tema.

Portanto, havia pressões no passado e há pressões agora!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Isso é mau perder!

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — De facto, o Partido Socialista tem sido completamente imune a estas

pressões, as quais, diga-se de passagem, devia ouvir. Devia ouvir os ambientalistas, devia ouvir as

populações, mas o Sr. Deputado Mota Andrade sempre ignorou as populações no que diz respeito quer à

barragem do Tua, quer à linha do Tua.

Não se esqueça das discussões que aqui tivemos no passado, e com o Sr. Deputado porque tem especiais

responsabilidades uma vez que representa os distritos que são abrangidos, em relação à linha do Tua e à

barragem do Tua. Não vamos, agora, fazer como se não existisse coisa nenhuma.

Sr.as

e Srs. Deputados, o plano nacional de barragens é extraordinariamente caro, como já foi dito dezenas

de vezes. Há estudos que apontam, e de uma forma justificada e detalhada, que é quatro a dez vezes mais

barato investir em eficiência energética e cinco vezes mais barato investir no reforço de potência das

barragens antigas. Gostava que o Sr. Deputado respondesse a esta questão.

Depois, a barragem de Foz Tua tem uma contribuição de 0,1% da energia do País. Este número nunca foi

rebatido pelo Partido Socialista. Esta barragem é um atentado, destruirá o vale do Tua,…