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11 DE DEZEMBRO DE 2013

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pode controlá-lo a não ser advertindo cada Deputado. Depois, cabe ao Deputado decidir em conformidade ou

não.

Srs. Deputados, apesar de tudo, os outros métodos não me parecem legítimos.

Para responder, dou a palavra ao Sr. Deputado Pedro do Ó Ramos.

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — Sr.ª Presidente, começo por responder ao Sr. Deputado João

Galamba.

Sr. Deputado João Galamba, fala em seriedade. Nós percebemos, há muito tempo, que o Partido Socialista

anda aborrecido com a vida, verdadeiramente zangado com a vida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — É verdade!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — O Partido Socialista tinha um guião, que consistia em referir que «este

Governo tem políticas erradas», «este Governo adota políticas recessivas» e «este Governo vai afundar o

País».

Entretanto, a economia começa a melhorar, mas dizem «isto não tem nada a ver com o Governo», «só

esperamos que este Governo não atrapalhe a economia». Já percebemos que a culpa é toda do Governo

quando algo corre mal e quando corre bem o Governo não tem nada a ver com o assunto.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. João Galamba (PS): — Responda! Responda com argumentos!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — Sr. Deputado, o ridículo do argumento da oposição é tal que, neste

momento, até põe em causa as decisões do Banco de Portugal! Para os Srs. Deputados do Partido Socialista

as previsões do Banco de Portugal são excelentes quando são muito negativas!

Para os senhores, no ano passado, as previsões eram muito boas, porque apontavam para indicadores

maus, mas quando são boas são postas em causa. Sendo assim, os senhores também vão duvidar da OCDE,

vão duvidar da Comissão Europeia, vão duvidar do FMI, porque todos dão indicações positivas.

Durante muito tempo, o Sr. Deputado disse que Portugal só procurava exportação e que esquecia o

consumo interno. E agora o consumo interno aumentou. Sabe porquê? Porque as pessoas começam a ter

confiança e confiam no Governo por ter um rumo e levar políticas até ao fim.

Aplausos do PSD.

O indicador de confiança dos portugueses está a aumentar significativamente, e isso é determinante.

Sr. Deputado, temos uma grande diferença relativamente ao Partido Socialista. Durante anos, o Partido

Socialista era o partido da ilusão e da aparência. Os senhores criaram uma ideia de ilusão e de aparência aos

portugueses com a descida do IVA em 2009 e com o aumento dos salários da função pública também em

2009.

Até me recordo, apesar de ser um pouco grave para o País, que o cúmulo da aparência e da ilusão foi

quando os senhores, num comício, conseguiram transformar uns senhores paquistaneses em autênticos

alentejanos para parecerem muitos. Os senhores vivem da aparência! Viveram sempre da aparência! E agora

esquecem-se do Sr. Hollande! Isto já não é uma questão de política portuguesa! Como também se esquecem

de Teixeira dos Santos, que disse numa entrevista: «Eu não sei que alternativas tem o líder do Partido

Socialista». Pois não tem, Sr. Deputado! Agora, os Srs. Deputados do Partido Socialista não têm discurso!

Aplausos do PSD.

Mas, volto a referir o Sr. Hollande, que, de repente, para os senhores, já não é o alfa e o ómega da política

europeia. Dizia ele que não ia adotar políticas de austeridade e que acabava com elas, mas agravou-as;

agora, que tem condições difíceis de impopularidade, também adota medidas impopulares e recua.