13 DE DEZEMBRO DE 2013
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A apreciação parlamentar que o PCP nos traz hoje aqui é claramente ideológica e profundamente irrealista.
Em nome do papel do Estado que defende para a economia, desvaloriza a importância do cumprimento de
metas orçamentais das empresas.
Mas, Sr.ª Presidente, Sr.as
Secretárias de Estado, Sr.as
e Srs. Deputados, não é esta a atitude que o País
exige da oposição.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado João Viegas,
do CDS-PP.
O Sr. João Paulo Viegas (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as
Secretárias de Estado, Sr.as
e Srs.
Deputados: A apreciação parlamentar que o PCP aqui nos traz não é mais do que uma oportunidade para
despejar um conjunto de conceitos e ideias que, apesar de a prática o contrariar, o PCP teima em manter sem
alterar uma única linha.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Não vê mais nada!
O Sr. João Paulo Viegas (CDS-PP): — É que é percetível por todos os portugueses a necessidade de
promover a melhoria do desempenho da atividade pública empresarial, e é isto que este Decreto-Lei pretende
introduzir.
Parece-vos, Srs. Deputados do PCP, que é socialmente mais justo acabar com as empresas que dão
prejuízo e, como os senhores dizem, que têm administradores com salários milionários, ou preferem passar a
ter um Estado com empresas públicas que prestam todos os serviços mas que continuam a acumular dívida?
Será esta a última opção uma atitude responsável?
O Sr. Bruno Dias (PCP): — E quem é que os nomeou? Fomos nós?!
O Sr. João Paulo Viegas (CDS-PP): — Não podemos esquecer que os democratas-cristãos e os social-
democratas acreditam na cooperação social. Contudo, conseguem perceber que em determinados momentos
não pode haver Estado social, se não nos pautarmos por uma escolha criteriosa do que é mais importante e
daquilo que o Estado, nestas condições financeiras, pode ainda assegurar.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. João Paulo Viegas (CDS-PP): — O Estado social só poderá continuar a existir se houver Estado. Se
for permitido a todas as empresas continuar a dar prejuízo, com base na máxima de que todas as empresas
perseguem interesses superiores do Estado, em breve não teremos Estado e, assim, lá se vão as
preocupações sociais.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Nem emprego!
O Sr. João Paulo Viegas (CDS-PP): — Na apreciação parlamentar que hoje aqui debatemos, também
afirmam que se está a fazer uma reconfiguração do Estado e das suas funções sociais e económicas, de
acordo com o seguinte princípio: Estado mínimo para os trabalhadores e para o povo, Estado máximo para os
grandes grupos económicos e financeiros.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Essa é que é essa!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Oiça, Sr. Deputado Bruno Dias!