30 DE JANEIRO DE 2014
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De facto, o que nós temos é uma consolidação das contas públicas muito frágil, uma dívida pública que não
para de aumentar e um desemprego estrutural enorme e, por isso, precisamos de políticas amigas da
economia, de políticas amigas do crescimento. É para isso que o Partido Socialista está a trabalhar.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Ainda para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado
Hélder Amaral.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Rui Paulo Figueiredo, reconheço alguma
imaginação na intervenção que fez, devo, no entanto, dizer que representa um partido que quer governar, que
foi na última década largamente responsável pela condução dos destinos do País, que é um partido do arco da
governabilidade — ou da responsabilidade, se assim quiser — e que veio ao Plenário falar para os
portugueses não reconhecendo um único dado.
Obviamente que há dois ou três aspetos que estão menos bem, em relação aos quais podemos considerar
que ainda falta muito para conseguirmos os níveis do passado, mas o Sr. Deputado não foi capaz de olhar
para os dados positivos da economia portuguesa — que não são mérito do Governo, são mérito das
empresas, dos trabalhadores e dos portugueses, que estão a fazer aquilo que o Partido Socialista nunca fez,
isto é, olharem para o problema, concentrarem-se nas soluções dos problemas e fazerem aquilo que lhes
compete.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Portanto, o que o Partido Socialista aqui fez hoje, através da sua
intervenção, não foi sequer fazer oposição à maioria, foi fazer oposição ao País.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Foi desistir do País e dizer que o PS não tem nenhuma solução melhor
do que a que a maioria oferece.
Sr. Deputado, é verdade ou não que o desemprego tem vindo a baixar? Dirá que estava alto — é verdade
—, mas para eu não recuar ao passado não lhe vou dizer de quem é a culpa.
É verdade, ou não, que nos comprometemos a encurtar nas PPP 380 milhões de euros e que já está
conseguido esse valor?
Vozes do CDS-PP: — Bem lembrado!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — É verdade, ou não, que no próximo Orçamento entrarão sete novas
subconcessões da autoria do Partido Socialista, quando o défice estava em 10%, quando a dívida portuguesa
estava perto dos 100%…
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Bem lembrado!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … e os senhores continuavam a ignorar todo esse cenário
macroeconómico, quando a Europa já estava em dificuldade e os senhores investiam em bens que não eram
transacionáveis e em investimento público, o que trouxe as consequências que trouxe?
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Sr. Deputado, peço-lhe que conclua.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Termino já, Sr. Presidente.
É verdade, ou não, que já abriram mais empresas do que as que faliram?
É verdade, ou não, que o clima de desconfiança dos consumidores sobre a economia melhorou?