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I SÉRIE — NÚMERO 42

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Sr. Deputado, o que nós precisamos de saber é se o Partido Socialista está disponível para fazer aquilo

que é fundamental, isto é, proteger todos esses sinais da economia, encontrar soluções para reduzir a

despesa corrente em termos aceitáveis e sustentáveis e responder aos desafios do futuro.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — O que precisamos de saber é se o Partido Socialista está ou não

disponível para, junto da maioria, conseguir consensos para cumprir os tais compromissos que nós

assumimos e que o seu partido também assumiu.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Paulo

Figueiredo.

O Sr. Rui Paulo Figueiredo (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Hélder Amaral, agradeço as questões

que colocou, mas deixe-me dizer-lhe que também usou de alguma imaginação na sua intervenção para

procurar esquecer alguns dados que eu reconheci.

Eu disse há pouco, da tribuna, que o Partido Socialista não faltava a nenhum diálogo e fiz notar bem que o

CDS e o Partido Social Democrata não contrariaram nada daquilo que eu referi sobre o mito do diálogo e do

consenso, nomeadamente não disseram nada que contrariasse aquilo que nós dissemos sobre as revisões do

Memorando, sobre o encerramento dos tribunais, sobre a salvaguarda dos interesses estratégicos, sobre os

fundos comunitários. Tomamos boa nota disso e esperamos que esta concordância sirva para influenciar o

Governo, porque palavras do Governo sobre essa matéria, como tenho dito várias vezes, leva-as o vento,

porque fala muito, mas não resolve nada, não dialoga nada e não ouve nada do que dizem as oposições.

Sr. Deputado Hélder Amaral, muito sinteticamente, gostaria ainda de dizer-lhe o seguinte: claro que é

positivo que o desemprego tenha baixado, ainda que ligeiramente, mas são negativos os dados relativos à

emigração, aos inativos que deixaram de trabalhar, ao trabalho precário, ao facto de o número de empregados

cair para valores de há 19 anos. Claro que é melhor ter um défice de 5% do que de 5,5%, mas também

sabemos como o atingiram. E tínhamos as metas de 3%, de 4,5% e de 5,5%!

Também é negativo que a dívida pública continue a aumentar e que alguns setores — que sei que

preocupam o Sr. Deputado Hélder Amaral e o CDS — continuem com valores absolutamente negativos, como

acontece ao nível do índice de produção, de criação de emprego, de remunerações, da construção civil, ao

nível dos serviços. E nem lhe quero falar do IVA da restauração — o CDS perde essas batalhas — e dos

efeitos negativos que tem nas falências, nas insolvências e no emprego.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Rui Paulo Figueiredo (PS): — E também não lhe quero falar no aumento do salário mínimo, que tem

sido muito defendido, em convergência com o Partido Socialista, tese que o CDS não consegue fazer vingar

no Governo.

Termino, Sr. Presidente, dizendo aquilo que disse no início: o Partido Socialista nunca falta a Portugal e

aos portugueses, trabalha em soluções e nunca falta a nenhuns diálogos. O Governo que governe, que

procure dialogar a sério e que se deixe do mito do oásis e da propaganda.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem a palavra, Sr.ª Deputada.