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14 DE MARÇO DE 2014

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O Sr. Deputado ignorou também a criação de emprego. Ignorou que foram injetados valores significativos

nos apoios aos portugueses; ignorou o aumento das ofertas de emprego e das colocações; não falou, sequer,

no aumento da produção industrial em 7,2%, relativamente a dezembro de 2013.

Ignorou também todo o esforço que tem sido feito ao nível da concertação social, umas vezes conseguido,

outras não tanto, mas foi feito um esforço. O Partido Comunista, nessa fase e nesta matéria, efetivamente, não

tem possibilidades de falar, visto que nunca esteve de acordo relativamente a um acordo de concertação

social.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — É verdade. Não conseguiram nunca ter essa capacidade de

diálogo.

Protestos da Deputada do PCP Rita Rato.

É por isso, Sr. Deputado, que se impõe questioná-lo: perante um ponto de partida tão negativo, para o qual

não fomos nós que o desejámos nem construímos, mas que herdámos…

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Nem assinaram?!

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Assinámos, sim, Sr. Deputado. Assinámos um acordo para

salvar o País e estamos a trabalhar para salvar o País!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Está à vista!

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Concluo já, Sr.ª Presidente.

Tanto que estamos a trabalhar para salvar o País que as taxas de juro, hoje, estão ao nível das de 2010. E

também o Sr. Deputado se esqueceu disso.

Gostaria apenas de lhe perguntar se o esforço dos portugueses não merece para o Partido Comunista uma

referência.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Lopes.

O Sr. Francisco Lopes (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Mercês Borges, agradeço a questão que

colocou.

Os problemas que aqui trouxemos e que traduzem a realidade vivida pelos trabalhadores e pelo povo

português, como é natural, incomodam, exatamente no momento em que o Governo procura criar uma ideia

encenada da realidade do País. Mas a verdade dos factos é sentida pelos trabalhadores e pelo povo por esse

País fora. Desminta um aspeto, um só que seja, de tudo o que foi dito da tribuna relativamente à realidade

económica e social.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Francisco Lopes (PCP): — Cada uma das questões referidas pode ser desmultiplicada em centenas

e em milhares de exemplos que são dramas sociais. E chamam a isto o sucesso do Programa de

Ajustamento?