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I SÉRIE — NÚMERO 62

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economia começou a crescer. Foi justamente a partir do segundo trimestre de 2013 que ela começou a

crescer.

Isso significa que a partir de abril do ano passado até hoje a economia tem estado a crescer. O

desemprego tem estado a cair, não tanto quanto gostaríamos, mas tem estado a descer. E a verdade também

é que o emprego tem estado a subir, o que é importante, quanto mais não seja para estarmos bem cientes de

que a diferença na taxa de desemprego não resulta apenas do fenómeno da emigração, que também

aconteceu, significa também que há mais oportunidades que estão a ser geradas.

Significa, portanto, que, durante estes três anos em que nos deram o dinheiro — deram-no não apenas

porque não o tínhamos de outra maneira mas também para nos dar tempo de corrigirmos os nossos

problemas —, temos estado a corrigir os problemas.

Qual é o objetivo? O objetivo é o de se criar, para futuro, uma situação mais sustentável do que aquela que

tínhamos antes.

Se todos aqueles que nos puderem financiar concordarem que o País está nesse caminho de confiança, a

gerar melhores condições para futuro do que aquelas que nos conduziram à ajuda externa, o risco associado a

Portugal baixará. E se o risco baixar, baixam as taxas de juro. E se baixarem as taxas de juro, conseguiremos

financiar-nos, no futuro, em melhores condições do que no passado.

Quanto às taxas que já hoje estamos a defrontar, seja no curto prazo, como se comprovou hoje com

emissões a 6 meses e a 12 meses,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — São insustentáveis!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … em que nós tivemos custos significativamente inferiores, sobretudo a 6

meses, àqueles que tivemos no ano passado…

O Sr. João Oliveira (PCP): — São insustentáveis!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e que são perfeitamente sustentáveis,…

Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.

… seja a 8 e a 10 anos, que são taxas ainda elevadas, mas que estão a convergir a uma grande

velocidade para taxas que também são sustentáveis, se é isso que estamos a obter do ponto de vista dos

credores externos, então isso deve querer dizer que estamos a fazer o nosso trabalho de casa bem feito.

Porque é que um compromisso, a médio prazo, em matéria orçamental, pode ajudar muito no momento em

que concluímos este exercício e vamos aceder plenamente a mercado? Porque, dado que o ciclo de governo

termina em setembro de 2015 e nós, quando emitimos dívida a 5, 8 ou 10 anos estamos a convidar os

investidores a confiar no País, não daqui até 2015,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Já está a arrumar as malas para setembro!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … mas daqui até 2020, até 2024, é muito importante que os investidores

percebam que este caminho que temos trilhado, de correção destes desequilíbrios, não vai ser abandonado no

futuro.

Ora, não existe, na maior parte dos investidores, a certeza de que outros partidos, muito diferentes e que

têm representado, ao longo dos anos, um minoria na escolha dos portugueses, possam vir, no futuro, a ter

grande influência nos resultados dos governos futuros. Mas o mais provável é que o principal partido da

oposição possa vir a defender, um dia, uma posição diferente daquela que hoje o Governo defende. E se ela

for de modo a não respeitar esta trajetória, os investidores, apesar de reconhecerem que estamos a fazer o

que devemos, poderão desconfiar que, no futuro, um outro governo, com outra orientação, possa afastar-se

dessa obrigação.

O Sr. António José Seguro (PS): — Oh!