O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

11 DE ABRIL DE 2014

27

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E agora?!

O Sr. Paulo Cavaleiro (PSD): — Portanto, o que sabemos é que desde essa altura para a frente tiveram

de se tomar várias iniciativas. E todos concordamos que agora, que se inicia um novo programa de

financiamento comunitário 2014-2020, importa criar um quadro de orientações estratégicas para o setor, sendo

também importante ter a noção de que as orientações devem ter como princípio a sustentabilidade financeira.

Queria aqui reforçar a sustentabilidade financeira, porque sabemos que as autoestradas que todos temos

hoje de pagar afinal não eram grátis, como diziam os que agora se pronunciam através de manifestos de

reestruturação da dívida.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E vocês aumentaram a dívida!

O Sr. Paulo Cavaleiro (PSD): — Devem ter a consciência pesada, porque este é o reconhecimento de que

o que diziam no passado não era verdade.

Protestos do PS e do PCP.

Hoje podemos ver claramente que não é verdade e que as estradas não se pagavam a si próprias.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Paulo Cavaleiro (PSD): — Temos a noção de que, se calhar, como se dizia, as SCUT não foram

fundamentais para o crescimento económico, assim como o crescimento médio do PIB em 10 anos de 0,5%

não é o que se esperava.

Neste contexto, é importante que este novo documento seja um documento estratégico e que nos permita

pensar, a longo prazo, com equilíbrio e com sustentabilidade.

Queria, ainda, realçar a forma como o Governo trabalhou este processo, pois é uma mudança clara de

paradigma, na forma e no método. Este documento, apesar das várias condicionantes, teve grande

participação, até dos próprios partidos representados na Assembleia da República.

É verdade que podem existir questões que não agradam a todos, sendo preciso fazer uma monitorização a

estas matérias e também alguns estudos, como disse o Deputado do Partido Socialista. Mas a verdade é que

esta é uma matéria importante, com uma forma diferente de fazer as coisas, procurando o consenso e

procurando igualmente a vontade e os desejos dos que estão na sociedade privada e que também precisam

de alguns destes investimentos para que a sua economia e a sua ação nesse eixo possam melhorar.

Queria perguntar ao Sr. Deputado o que pensa sobre a forma como foi estruturado este documento, se

concorda com os princípios que estão definidos no mesmo e se acha que o mesmo nos vai permitir olhar para

esta área do Estado, que também tem um peso importante na nossa situação económica, para que

consigamos, numa visão de futuro, uma solução que seja estruturada, equilibrada e sustentável de forma a

que não sejam as próximas gerações a pagarem — como estamos nós a fazer agora — os investimentos de

hoje no futuro.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Entretanto, assumiu a presidência a Vice-Presidente Teresa Caeiro.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Barreto.

O Sr. Rui Barreto (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, começo por agradecer aos Srs.

Deputados Mariana Mortágua, Bruno Dias, Rui Paulo Figueiredo e Paulo Cavaleiro as questões que me

colocaram.