30 DE MAIO DE 2014
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O Sr. Rui Paulo Figueiredo (PS): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Esta é uma matéria que, como
disse há pouco a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua, tem gerado consenso nesta Câmara há muito tempo. Já
nas Legislaturas anteriores, no caso do Partido Socialista, o Deputado Jorge Seguro foi um dos
impulsionadores, mas houve Deputados de todos os partidos que defenderam esta matéria, tendo-o também
feito o Governo, por várias vezes, nos últimos três anos. Aliás, o Ministro Álvaro Santos Pereira repetiu
anúncios sobre esta matéria infelizmente não concretizados.
Por isso, damos as boas-vindas a esta proposta de lei e, em boa hora, o Governo dá o pontapé de saída
formal para este debate.
Queria registar a parte final da intervenção do Sr. Secretário de Estado, porque acho que ela é bem
revelante. O Sr. Secretário de Estado, contrariamente até ao que, às vezes, acontece por parte do Governo
com outras matérias, referiu que havia disponibilidade do Governo para trabalhar e aperfeiçoar esta proposta e
mencionou mesmo o trabalho que já tem sido aflorado em sede de Comissão de Economia e Obras Públicas.
Nós saudamos e acompanhamos o que o Sr. Secretário de Estado aqui disse e manifestamos a nossa
disponibilidade e o nosso interesse no sentido de viabilizar que a proposta desça à Comissão e de
contribuirmos para o seu aperfeiçoamento.
Sabemos que há um grupo de trabalho sobre o setor automóvel que, transversalmente a outras matérias
que respeitam a esse setor, tem feito algum trabalho. Essa matéria, aquando do anúncio por parte do Ministro
Jorge Moreira da Silvam, de que, em breve — foi à segunda, é verdade, mas desta vez cumpriu —, iriamos ter
uma proposta, foi aflorada pela Deputada Carina Oliveira, do PSD, e pelo Deputado Fernando Serrasqueiro,
do PS, pelo que entendo que esse grupo de trabalho poderia ter aqui um papel importante.
Seja nesta formulação com esse grupo de trabalho ou criando um outro grupo de trabalho, queremos
apresentar propostas e queremos, acima de tudo, contribuir para o aprofundamento do debate, porque há
matérias que precisam de ser melhor buriladas e esclarecidas, nomeadamente a matéria dos preços de
referência e a sua aplicação, pois, sinceramente, não estamos convencidos da boa solução apresentada.
Também achamos — e recebemos alguns pareceres — que é importante ouvir a ANAREC (Associação
Nacional de Revendedores de Combustíveis) — o Partido Socialista já o fez —, que gostaria de dar os seus
contributos e que manifestou algum desconforto por não ter sido devidamente ouvida junto da Assembleia da
República.
O Partido Socialista também já fez contatos com a APETRO (Associação portuguesa de Empresas
Petrolíferas) e com os seus associados sobre essa matéria no âmbito da nossa formulação de opinião sobre
esta matéria e também achamos que a Assembleia deve ouvir esta Associação e aprofundar este debate.
Não querendo estender-me mais sobre esta matéria, há muitos pontos que poderia aqui abordar, que
gostávamos de ver melhor esclarecidos e sobre os quais queremos apresentar propostas, mas, dada a
disponibilidade manifestada pelo Sr. Secretário de Estado, que registamos e reiteramos, penso que
poderemos deixar este debate para a fase da discussão na especialidade, assim os partidos da maioria
acompanhem o que o Governo aqui deixou registado e viabilizem uma discussão e uma audição adequadas
sobre esta matéria em sede de Comissão de Economia e Obras Públicas.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Matias.
O Sr. Nuno Filipe Matias (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Secretários de Estado, Srs. Deputados: Ouvimos
agora o Deputado Rui Paulo Figueiredo dar as boas-vindas ao Governo para este debate sobre a rede de
combustíveis low cost, mas, em nome da verdade, é importante dizer que o Governo trouxe, oportunamente,
esta matéria a debate na Assembleia da República, tendo apresentado um anteprojeto de decreto-lei para que
pudesse ser debatido e para que os diversos partidos da oposição tivessem oportunidade de apresentar os
seus contributos. Na altura, o Partido Socialista disse «presente», mas depois de apresentar as propostas
infelizmente marcou pela ausência.
Portanto, há que dizer que não só o Governo não aparece apenas agora como desde há muito falou sobre
esta matéria. Procurou apresentar, de forma clara, soluções, procurou discutir e trazer para a Assembleia da