3 DE JULHO DE 2014
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em 2013 relativamente a 2010, as prestações sociais aumentaram nesses três anos 2,3% em termos
absolutos e 1,5% em percentagem do PIB; fizeram-se inúmeras reformas nos setores das finanças públicas,
da defesa, da justiça, da saúde, da educação, da segurança social, da Administração Pública, no mercado
laboral, nas autarquias locais, entre tantas outras; reduziram-se as chamadas «rendas excessivas», seja nas
parcerias público-privadas, seja nos setores da energia e das comunicações, seja no mercado dos
medicamentos.
Minhas Senhoras e Meus Senhores, naturalmente, apesar deste trabalho realizado, não estamos ainda
satisfeitos porque sabemos que ainda existe muito para fazer.
A terminar, direi o seguinte: o Governo tem vindo a trabalhar em várias áreas precisamente pensando no
futuro. Por exemplo, na estratégia de fomento industrial, que está a ser implementada, cuja conclusão tem
como objetivo temporal 2020 e que trará ganhos significativos a Portugal e aos portugueses. Com mais
indústria teremos mais economia, com mais economia teremos mais emprego e com mais emprego teremos
melhor Portugal.
Hoje, depois de décadas de desinvestimento da economia produtiva, assistimos, em Portugal, a uma
mudança do paradigma de modelo económico, assente no aumento das exportações, na captação de
investimento interno e externo e também na qualificação dos trabalhadores portugueses.
Hoje, ao terminarmos esta intervenção, em nome do PSD, no debate do estado da Nação, cumpre
perguntar se os portugueses querem voltar à situação de insustentável calamidade económica e financeira em
que o País estava em 2011 ou se querem, acima de tudo, continuar um caminho de recuperação não só da
sua credibilidade externa mas também da sua autoestima. Querem os portugueses o regresso daqueles que
chamaram a troica ou preferem, antes, quem mandou embora a troica? É uma questão que se deve colocar a
todo o País.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Neste dia em que debatemos o estado da Nação, nunca é demais recordar que foi este Governo que
mandou embora a troica, mas não foi este Governo e esta maioria que chamaram a troica e que negociaram
com ela.
Protestos do PS.
Por muito que não gostem que se diga, é bom que os portugueses o tenham presente: em 2014, o estado
da Nação é muito melhor do que era em 2013, em 2012 e em 2011.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. Feliciano Barreiras Duarte (PSD): — Mas vamos continuar a trabalhar com determinação para que
o estado da Nação, em 2015, seja melhor do que é hoje, em 2014.
É isso que nos mobiliza pelo nosso País e por Portugal!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de
Sousa.
O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: Chegou ao fim, no plano formal, o programa de intervenção das troicasnacional e
estrangeira, mas não o pesadelo de uma nação que vê o seu presente e o seu futuro hipotecados por uma
política que apenas sabe somar medidas de austeridade, de saque e de confisco, semeando dramas no seio
do nosso povo.