O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 102

52

motor da economia: depois de 12 anos de queda consecutiva, o investimento privado dá sinais de

recuperação.

Se já no último trimestre de 2013 se tinha verificado alguma estabilização e, até, uma recuperação no

investimento de caráter produtivo, no primeiro trimestre de 2014, o investimento cresceu 12% face ao período

homólogo do ano passado, dando um contributo para a subida do PIB superior ao que foi o do consumo

privado, e é bom que assim seja e se mantenha.

O investimento, mais do que dissertações ideológicas, é a melhor forma de combater o desemprego. Só

investe quem confia. Felizmente, são muitos e bons os exemplos recentes de importantes investimentos

realizados ou a realizar no nosso País e que alimentam esta convicção.

Ao recente investimento de 700 milhões anunciado na Autoeuropa, em Palmela, somam-se os mais de

1600 milhões de euros de investimento contratualizados com o Estado português, através da AICEP, que

preveem a criação de mais de 2300 novos postos de trabalho, a maior parte no interior do País.

Vão-se sucedendo as boas notícias: a IKEA, multinacional sueca, anunciou na semana passada, na sua

sede internacional, que planeia contratar 7000 pessoas em todo o mundo, imaginem lá!, 3000 das quais em

Portugal, concretamente através do investimento que vão fazer em Loulé.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Hoje mesmo a IBM, outra multinacional reputada, e que não deve ser desdenhada nem pela esquerda mais

radical, acaba de informar que um dos 15 centros tecnológicos de computação em nuvem, centros iCloud, vai

localizar-se, imaginem lá!, em Lisboa. Depois de já se saber que Londres, Washington e a Cidade do México

eram alguns dos centros escolhidos, foi hoje confirmado que Lisboa é também um dos centros mundiais

escolhidos pela IBM.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A criação de emprego é, de resto, aliás, um dos grandes desafios que enfrentamos como País e é uma

pena e é lamentável que os partidos da oposição não contribuam para o ambiente de confiança que os

portugueses sentem e que todos os investidores hoje reconhecem no País.

Vozes do PSD e do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Ministro da Economia: — O desemprego cresceu, é bom notar, de 7% para quase 13% no período

de 2007 a 2011. É certo que continuou a crescer, e de forma substancial, no primeiro período de ajustamento,

atingindo o seu pico em janeiro de 2013, mas, pela primeira vez de uma forma consistente, tem vindo a recuar

mês após mês, trimestre após trimestre e situa-se agora nos 14,3%. Estamos ainda longe de ter um nível

socialmente aceitável e sustentável de desemprego, mas estamos no caminho certo.

A recuperação da nossa economia, alicerçada em três motores — exportações, consumo privado e,

sobretudo, retoma do investimento — alimenta a convicção de que o desemprego, que é a maior chaga da

nossa sociedade, vai continuar, gradualmente, a diminuir.

Sr. Presidente, Sr.

as e Srs. Deputados: Fomos capazes, no último ano, de gerar compromissos importantes

que tiveram e têm um efeito positivo na nossa economia e na confiança dos consumidores e dos agentes

económicos.

É fundamental que os agentes políticos e institucionais saibam, com maturidade, com responsabilidade

financeira e com responsabilidade democrática, criar pontes de compromisso e de entendimento que garantam

aos cidadãos, aos trabalhadores e às empresas condições para uma moderação fiscal e para um

desenvolvimento mais pleno da nossa sociedade.

Assim sendo, estarão criadas as condições de estabilidade para que os mercados e investidores, nacionais

e estrangeiros, continuem a olhar para o País com confiança e para que os portugueses, todos os

portugueses, sintam de forma mais sensível nas suas vidas os efeitos da recuperação económica.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.