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25 DE SETEMBRO DE 2014

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Sr.ª Deputada, percebo por que é que o Partido Socialista, apesar de eu lhe ter feito um elogio em relação

àquilo que foi um bom trabalho na qualificação da oferta, não conseguiu melhores resultados. E a pedra de

toque chama-se «promoção».

Fiz um elogio à anterior Secretária de Estado, que teve a coragem de fazer o que nunca ninguém tinha

querido fazer, que foi uma alteração racional, pondo o dinheiro disponível onde ele é necessário e dando

competências necessárias às regiões do turismo, fazendo a reforma administrativa do turismo e dando, até,

capacidade para que haja promoção interna no tal mercado alargado, que inclui Espanha, que é o nosso

principal mercado. A Sr.ª Deputada ficou presa ao antigo regime despesista, que duplicava funções, que

multiplicava atividades e que, pura e simplesmente, vivia de acordo com o Orçamento do Estado e sem

nenhum retorno para o turismo.

Protestos da Deputada do PS Hortense Martins.

Ao encontrar governantes que resolvem libertar os empresários, libertar o setor para andar por si muito

mais vezes, a Sr.ª Deputada até deveria estar de acordo. E sabe porquê? Nós tínhamos 1% de quota do

mercado da Alemanha e a Sr.ª Deputada, tal como eu, assistiu a uma reunião da Associação das Agências de

Viagens com o presidente do turismo alemão no sentido de captarmos mais mercado alemão. Isso aconteceu

sem nenhuma interferência do Governo; é o setor a fazer por si, sem precisar de ajuda do Governo.

E o Sr. Deputado Nuno Encarnação disse bem: a pedra de toque chama-se «promoção». Enquanto os

governos socialistas tinham uma visão ideológica e política sobre a promoção — criou-se o Allgarve, criou-se

um conjunto de marcas que não tinham nada a ver com a procura nem com a necessidade dos turistas que

visitavam Portugal (e vou ficar-me por aqui, para ser assertivo) —,…

Protestos da Deputada do PS Hortense Martins.

… o que este Governo fez foi uma coisa mais simples: promoção focalizada no mercado; promoção junto

de quem tem influência na tomada de decisão dos turistas; promoção junto dos operadores turísticos

estrangeiros e promoção, por isso mesmo, mais barata, menos ideológica, virada para a procura e virada,

obviamente, para conseguir mais quotas de mercado.

Consequências: aumentámos significativamente a quota de turistas. Quer queira, quer não, ultrapassámos,

até, Espanha e fomos para lá do que diziam que eram as primaveras árabes.

Protestos da Deputada do PS Hortense Martins.

Sr.ª Deputada, vou dizer-lhe algo que a deveria deixar satisfeita e com muita esperança para o futuro. Sabe

o que é? Repare no que vai acontecer a nível do alojamento local; repare quem são os empresários; repare no

que vai acontecer com a utilização das novas ferramentas informáticas; veja quantos jovens vão criar o seu

próprio emprego no setor; veja quanta gente nova, quanto sangue novo nós vamos injetar no setor.

E vou dizer-lhe algo que a deveria deixar contente: o rendimento por cada turista/quarto/noite aumentou. O

rendimento pelo que cada turista gasta no País aumentou. E sabe onde é que aumentou mais? No setor de

cinco estrelas. Ou seja, aquela ideia de que Portugal é um país para turismo low cost, pobrezinho, é rebatida e

combatida pelos dados que aqui trouxe.

Nós estamos a vender melhor turismo, com melhor qualidade, para mais turistas, e estamos a ganhar

dinheiro com isso. E isso deveria ser elogiado e não apoucado.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — A próxima declaração política, do PCP, vai ser proferida pelo Sr. Deputado Jorge

Machado, a quem dou a palavra.