I SÉRIE — NÚMERO 7
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O PS irá para congresso, não para se fechar, mas para ampliar a sua base de apoio, continuando o
processo de abertura sem precedentes que esse processo trouxe.
Aplausos do PS.
O PS vai aos seus debates internos ganhar novas forças para ser aqui, e desde já, a voz das alternativas
necessárias para um governo forte que rompa com os pressupostos liberais e conservadores da atual maioria
parlamentar.
Contem, Sr.as
e Srs. Deputados, já na próxima semana, com uma nova liderança parlamentar, que
mostrará que o PS está unido. E não há novos nem velhos PS, há um só PS e forte.
Aplausos do PS.
Não esperem encontrar aqui um PS a contas ou com embaraços com outro PS; esperem, sim, um PS
100% a contas com o PSD e com o CDS.
Aplausos do PS.
Contem, aqui, com uma oposição clara a qualquer medida que assente nos pressupostos liberais.
O PS que ousa lutar está aqui. Sempre ao lado dos portugueses nos momentos mais difíceis. É este o
legado e a história do PS, que nos dá a responsabilidade e a força para construir soluções fortes para
Portugal. Foi isso que nos pediram no passado domingo. É isso que aqui faremos a partir de hoje.
Mobilizemos, pois, Portugal para os grandes desafios que se nos colocam!
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva):— Inscreveram-se cinco Srs. Deputados para pedir esclarecimentos à
Sr.ª Deputada, que informará a Mesa se responderá individualmente ou em conjunto.
Tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado Hugo Lopes Soares.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Ana Catarina Mendonça, dirijo-lhe uma
primeira palavra para lhe dar os parabéns, extensivos a todo o Partido Socialista, pela eleição do novo líder do
Partido Socialista, no passado domingo, o Dr. António Gosta.
Queria começar por dizer que esperava que daquela tribuna dissesse a esta Câmara e ao País aquilo que
faltou dizer no debate interno do Partido Socialista. Tenho de lhe dizer, com franqueza, que aquilo a que
assistimos aqui foi a mais do mesmo: propostas, soluções e ideias para os problemas concretos, para os
anseios dos portugueses zero! Vi, sobretudo, um conjunto de recados internos, um conjunto de recados para o
PS velho e para o PS novo, uma tentativa de união do Partido Socialista, que também é bem-vinda nesta
Câmara.
Sr.ª Deputada, também me chamou a atenção os apelos que fez — e, permita-me realçar, foi a nota política
da sua declaração politica — aos consensos. Ora, quero aqui sublinhá-los, porque, se, de facto, Portugal
precisa de consensos, se Portugal precisa de responsabilidade dos partidos do arco da governação, Portugal
precisa que o Partido Socialista esteja disponível para eles. E foi isso que faltou nos últimos três anos, o que
faltou ao País foi um PS aberto a conversar com os partidos da maioria, um PS aberto a encontrar soluções
para os problemas do País. Tanto mais, Sr.ª Deputada, quando esse Partido Socialista — não é o novo nem o
velho — é o pai originário, é o pai fundador da austeridade em Portugal, é o pai causador da austeridade em
Portugal, é o pai da troica em Portugal.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Sr.ª Deputada, o Partido Socialista faz-me lembrar aquelas equipas de futebol cujos resultados não
aparecem e, a determinada altura do campeonato, faz-se a dita chicotada psicológica para dar novo ânimo.