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I SÉRIE — NÚMERO 7

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externos, o que seria sempre vexatório para qualquer país mas que o foi acrescidamente para uma nação

multissecular como Portugal o é.

Nos últimos três anos e meio, agora na oposição, o PS optou conscientemente por uma atitude similar,

sempre apostado numa lógica de irresponsabilidade, demitindo-se de qualquer papel construtivo, mesmo

quando em causa estava a aplicação do Memorando a que nos conduziram e que assinaram.

Mais, o PS apostou até numa estratégia de que «quanto pior para o País, melhor para o Partido

Socialista».

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. José de Matos Correia (PSD): — Vou terminar, Sr. Presidente.

O PS vaticinou que não iríamos cumprir o Programa — enganou-se. Sustentou que uma saída limpa do

Programa seria impossível — equivocou-se. Asseverou que o PIB não cresceria — errou. Previu que o

desemprego não começaria a diminuir — falhou, uma vez mais.

Não resisto, uma vez mais, neste contexto, a recorrer a uma comparação entre o PSD e o PS: na oposição,

o PS nunca esteve do lado da resolução dos problemas, nunca se disponibilizou para coisa alguma; na

oposição, o PSD, pela mão de vários líderes, sempre esteve disponível para fazer consensos, quando o

interesse nacional assim o exigia.

Aplausos do PSD.

Vou terminar, Sr. Presidente, deixando aqui apenas uma interrogação. A interrogação é esta, porque é esta

que neste dia tem de ser colocada e é esta a sede indicada para o fazer, e tem de ser respondida sem

subterfúgios e sem desculpas: com que PS podemos contar a partir de agora? Com um PS em que mudou o

António mas em que tudo permanece na mesma?

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. José de Matos Correia (PSD): — Um PS em que, no que toca à atitude, à responsabilidade e ao

contributo para melhorar a situação de Portugal e dos portugueses, tudo permanece igual? Ou um PS disposto

a dar o seu contributo para uma agenda reformista, séria e credível, que olhe mais para os portugueses e

menos para si próprio?

Por nós, continuamos hoje, como sempre estivemos, do lado daqueles que pensam que os consensos

alargados são essenciais para construir um futuro melhor para Portugal e para os portugueses.

Utilizando uma linguagem futebolística, diria que «a bola está agora do lado do Partido Socialista e do Dr.

António Costa».

Por isso, termino, formulando um desejo, o desejo de que, desta vez e porventura por uma vez, o PS esteja

à altura das suas responsabilidades e do lado certo da história.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Inscreveu-se, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Nuno

Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado, podendo fazer-lhe um pedido de

esclarecimento, gostaria antes de lhe dizer que a intervenção que fez não deixa de ser um diagnóstico factual,

creio, em relação àquilo que foi o estado da oposição, nomeadamente do maior partido da oposição, nos

últimos meses.

Mas, Sr. Deputado, acho que, perante os desafios que temos, mais importante do que esse diagnóstico é

procurar pensar no futuro. Democraticamente, saudamos o Partido Socialista, que, ainda que não formal mas

politicamente, como todos nós o entendemos, tem um novo Secretário-Geral, que saudamos.