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18 DE OUTUBRO DE 2014

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A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos prosseguir…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, permite-me o uso da palavra?

A Sr.ª Presidente: — Pede a palavra para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Para o mesmo efeito do orador que me antecedeu, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente: — Tem toda a razão, Sr. Deputado, tem direito à réplica, porque não se tratou de uma

interpelação e por uma questão de igualdade.

Faça favor, Sr. Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, é muito simples: vivemos num mundo onde há

provas e essas provas são as imagens televisivas.

Portanto, o que aconteceu na Grécia não teve a complacência, teve a presença dos Deputados do Bloco

de Esquerda, Sr. Deputado Pedro Filipe Soares!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Vozes do BE: — Não, não teve! Prove!

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos prosseguir.

A próxima intervenção cabe ao Grupo Parlamentar Os Verdes.

Tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Sr. Secretário de Estado dos

Assuntos Europeus: Quanto ao emprego jovem, a única medida que se conhece do Governo é o conselho que

o Governo deu aos jovens para sair do seu conforto. Portanto, a política do Governo, em matéria de emprego

jovem, reduz-se a uma palavra: emigração!

Depois, quanto ao clima e à energia, o Sr. Secretário de Estado nada disse.

O Sr. Pedro Pimpão (PSD): — Seja sério!

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Presumo que, se calhar, também não tinha muito para dizer e, se

calhar, é isso que vai acontecer no Conselho, ou seja, Portugal vai ouvir os outros. É assim mesmo: «Manda

quem pode, obedece quem deve»!

Quando nós falamos de União Europeia, falamos de uma realidade distante, lá longe e, infelizmente, de um

poder sem rosto. Temos cada vez mais a Europa dos mercados e cada vez menos a Europa das pessoas, dos

cidadãos.

Temos uma Europa que já há muito removeu do seu vocabulário conceitos como o de solidariedade ou de

justiça social; temos uma Europa que continua a alargar o fosso entre países ricos e países pobres, entre

cidadãos ricos e cidadãos pobres; temos uma Europa cada vez mais reduzida a um instrumento das políticas

neoliberais; temos uma Europa que continua a levar-nos a nossa soberania e, agora, também, a nossa

soberania orçamental; e temos uma Europa que continua a ser construída nas costas dos cidadãos,

nomeadamente dos cidadãos portugueses, que nunca tiveram oportunidade de se pronunciar sobre o caminho

que a Europa está a seguir.

Mas a Europa está como está, porque esta foi a Europa que os Governos foram construindo, uns a mandar

e outros a obedecer — é certo! —, mas, com as ordens de uns e a obediência cega de outros, foi esta a

Europa que os Governos foram construindo, à margem dos povos europeus e de costas viradas para as

pessoas.