27 DE NOVEMBRO DE 2014
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Aplausos do PCP.
A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Pacheco.
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: Já no
fim deste debate, penso que podemos retirar duas conclusões. Por um lado, a separação clara entre os
conservadores e os reformistas, aqueles que querem que tudo fique na mesma, porque é perante a miséria
que pensam vir a ganhar alguns votos, e aqueles que querem reformar, porque querem sempre um mundo e
um País melhor. É essa a diferença entre as nossas bancadas.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Está com falta de argumentos!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Já agora, também é bom lembrar alguma incongruência nos partidos da
oposição, por exemplo, em relação à fiscalidade verde.
Sobre a reforma fiscalidade verde, que quer diminuir a nossa dependência energética com medidas
concretas, os senhores, consoante o ponto do País onde estão, têm uma posição diferente.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não têm, não!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Nos Açores, são a favor de taxas sobre os sacos de plástico e os outros
partidos da chamada esquerda apoiam essa posição, mas, no continente, já são contra. As posições não são
boas ou más consoante o local onde se está, as posições são boas ou más para o País e para as nossas
populações.
Protestos do PCP.
Finalmente, sobre o IRS, queria dizer duas coisas. Srs. Deputados do Partido Comunista Português,
parece que o vosso ideal, o que os senhores gostariam era que ninguém pagasse IRS, porque ninguém teria
rendimentos para lá chegar. Quando se aumenta o nível de existência a partir do qual é cobrada a taxa de
IRS, os senhores barafustam porque ficam mais pessoas isentas de pagar IRS.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Falso! falso!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Os senhores só vivem com a miséria, porque só assim é que pensam que
têm de possibilidades de crescer.
A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado Duarte Pacheco.
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Vou terminar, Sr.ª Presidente, e peço desculpa, desde já, pelos minutos a
mais.
Faço um último apelo ao Partido Socialista: reflita e venha até nós, porque esta reforma é demasiado
importante para o País para ser só votada por uma maioria e, por isso, repetimos o que fizemos há umas
semanas. É importante haver estabilidade fiscal para as famílias e para os portugueses e o Partido Socialista,
como partido relevante do arco da governabilidade, deve participar nesta reforma. Que ninguém se sinta
excluído e muito menos o Partido Socialista.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos, agora, passar ao ponto seguinte da nossa ordem de
trabalhos, que consiste na apreciação, na generalidade, da proposta de lei n.º 259/XII (4.ª) — Procede à nona