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4 DE DEZEMBRO DE 2014

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A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta cabe ao CDS-PP.

Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Vieira da Silva, sobre o combate à

pobreza, políticas sociais, promoção de igualdade de oportunidades, teremos ocasião de debater na

intervenção que faremos de seguida.

No entanto, na sua intervenção, o Sr. Deputado fez um aparte relativamente ao IRS e à reforma do IRS que

não posso deixar em claro. O Sr. Deputado, recuperando, de resto, uma tese que, nos últimos dias, tem sido a

do Partido Socialista, pela voz do Sr. Deputado João Galamba, veio dizer que o coeficiente familiar serve para

apoiar famílias de ricos.

Sr. Deputado, vou fazer-lhe três perguntas muito simples e pretendo apenas obter respostas de «sim» ou

«não».

Para o Partido Socialista, uma família em que os dois cônjuges ganham 1000 €/mês, 14 000 €/ano, têm um

filho, é uma família rica? É que esta família com o coeficiente familiar pode poupar, por ano, até o máximo de

294 €.

Para si, Sr. Deputado, e para o Partido Socialista, uma família em que o marido ganha 1000 €/mês e a

mulher ganha 1000 €/mês, brutos, têm dois filhos, é uma família rica? É que esta família com o coeficiente

familiar pode beneficiar de um desconto no seu IRS até 588 €.

Protestos da Deputada do PS Sónia Fertuzinhos.

Para o Partido Socialista, uma família em que o marido ganha 1000 € e a mulher ganha 1000 €, têm três

filhos, é uma família rica? É que esta família com o coeficiente familiar pode beneficiar de 882 € de desconto

no seu IRS?

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Srs. Deputados, sejam claros, porque assim perceberemos que, de

facto, o PS virou à esquerda, à esquerda mais radical.

Para si, Sr. Deputado, e para o Partido Socialista quem ganha 1000 €/mês e tem um, dois ou três filhos a

cargo é uma família rica? É que para nós não é, mas, pelos vistos, para os senhores é!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Vieira da Silva.

O Sr. Vieira da Silva (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, muito obrigado pelas perguntas que me

colocaram.

Começando por responder ao Sr. Deputado Arménio Santos, direi que o Sr. Deputado deve ter estado um

pouco distraído, porque não ouviu a minha intervenção. É porque eu tive o cuidado de reconhecer o impacto

da crise económica, que se arrasta há muitos anos, e a apreciação que fiz aos resultados das políticas foi uma

comparação entre aquilo que os senhores disseram, neste Parlamento, em agosto de 2011 e aquilo que agora

dizem que vai acontecer em 2015. Foi uma comparação com os vossos números, e essa comparação mostrou

a evidência: falhanço em todas as áreas!

Aplausos do PS.

Por isso mesmo, como os senhores não são capazes de desmentir, a pobreza cresce, as desigualdades

aumentam e a situação social no nosso País é muito mais séria, com uma emigração galopante e com uma

queda brutal da natalidade!

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — Muito bem!