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I SÉRIE — NÚMERO 26

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O Sr. Amadeus Soares Albergaria (PSD): — É, é!…

O Sr. João Galamba (PS): — … consciente das dificuldades, consciente dos desafios, mas sobretudo

consciente da absoluta necessidade e urgência desse projeto. O PS propõe-se construir uma alternativa

política e de políticas à atual maioria.

Como disse o Secretário-Geral do Partido Socialista no seu discurso de encerramento do Congresso,

contamos com todos aqueles que se revejam neste projeto, só não contamos com aqueles que querem insistir

na política de regressão económica e social que tem sido seguida nos últimos anos.

Uma alternativa às políticas da atual maioria não se constrói com aqueles que as puseram em prática e que

as querem manter e aprofundar, faz-se contra as atuais políticas, faz-se contra quem as defende e executa e

não sabe nem quer fazer outra coisa. Ao lado de Portugal, ao lado dos portugueses, é aí que estará sempre o

Partido Socialista!

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — A Mesa regista quatro inscrições para pedidos de esclarecimento,

por parte das bancadas do PSD, do Bloco de Esquerda, do CDS-PP e do PCP, aos quais o Sr. Deputado João

Galamba pretende responder individualmente.

Em primeiro lugar, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Menezes, do PSD.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado João Galamba, queria começar por saudar a

realização do Congresso do Partido Socialista no último fim-de-semana, que veio terminar o processo de

eleição do novo Secretário-Geral.

Ficou bem claro que se tratava de um Congresso relevante para o País, para o Parlamento e para o próprio

Partido Socialista, porque, depois de três anos de liderança do Deputado António José Seguro e de mais de

seis meses de disputa interna e de sedimentação de uma nova liderança, pensamos que chegou a altura de o

Partido Socialista assumir as responsabilidades que tem de assumir perante o País e perante os portugueses.

O facto é que aquilo que ouvimos da tribuna representa bem um Partido Socialista diferente — diferente

dos últimos três anos ideologicamente, mas igual ao Partido Socialista que governou o País de 2005 a 2011. E

o Deputado João Galamba personifica muito bem esta nova liderança e esta nova formatação ideológica do

Partido Socialista. Vemos o encosto à esquerda mais radical, algo que é novidade na política do Partido

Socialista, o abandonar da social-democracia mais de esquerda e mais de centro e o abraço feroz com que

querem abraçar o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda, ainda por cima por opção — que respeitamos,

mas por opção.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — É um abraço russo!…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Nunca nos sentimos tão desejados!

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Mas o facto é que os senhores querem fazer com que o Partido Socialista

regresse ao passado da governação que nos levou à bancarrota em 2011.

O Sr. Deputado falou de dois temas que eu gostava de salientar. Em primeiro lugar, falou de retoma, disse

que o Partido Socialista vai ser o partido da retoma.

Sr. Deputado, aquele Partido Socialista que nos é apresentado é o partido da retoma de três coisas: da

retoma do despesismo; da retoma da irresponsabilidade; e da retoma do partido que trouxe o resgate

financeiro a Portugal em 2011 e que os senhores querem apagar da memória dos portugueses.

Aplausos do PSD.

O PS tem de dizer mais do que meras bravatas ideológicas como aquela que o Sr. Deputado fez a partir da

tribuna. Ao que é que vem? Com que propostas concretas? O que querem trazer de diferente para os