5 DE DEZEMBRO DE 2014
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A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Em vez de falar no que afeta o País, fala de taxinhas!
O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — E este mesmo Partido Socialista critica um Governo que,
com as enormes dificuldades que os portugueses passaram e atravessaram, conseguiu correr com a troica
que o Partido Socialista trouxe, para humilhação do País.
Mas, no caso de Lisboa, António Costa cria três taxas turísticas, três taxinhas turísticas, fazendo um ataque
a um sector que é o campeão das exportações portuguesas, fazendo um ataque a um sector que faz crescer a
economia e que é gerador de emprego. E pergunta-se o porquê de criar estas três taxinhas, estas três taxas
no plano turístico. Criam estas taxas para criar despesa, despesa e mais despesa.
Meus amigos, já conhecemos essa receita. É uma receita que não dá resultados e que afunda o País.
Aplausos do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Sérgio Azevedo.
O Sr. Sérgio Azevedo (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, queria, naturalmente, agradecer as
considerações do Sr. Deputado Pedro Delgado Alves e dizer-lhe o seguinte: se António Costa utiliza a Câmara
Municipal de Lisboa como passadeira vermelha para falar dos problemas do País, eu tenho o direito de utilizar
a Assembleia da República para expor o que se passa em Lisboa.
Aplausos do PSD.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Não fica melhor na fotografia, Sr. Deputado!
O Sr. Sérgio Azevedo (PSD): — É exatamente a mesma medida que o Dr. António Costa utiliza em
Lisboa!
Mas deixe-me dizer-lhe o seguinte, Sr. Deputado: para quem me acusou de trazer os assuntos de Lisboa,
as suas justificações foram só a falar sobre Lisboa.
Uma voz do CDS-PP: — Exatamente!
O Sr. Sérgio Azevedo (PSD): — Era importante que o Partido Socialista esclarecesse — e espero que na
declaração política seguinte o possa fazer, porque, até agora, quem tem e terá oportunidade de o explicar a
nós todos e aos portugueses é o Partido Socialista — o seguinte: para a reforma do Estado, o PS não está
disponível; para a natalidade, o PS não está disponível; para a nova fiscalidade, o PS não está disponível;
para a coesão territorial, o PS não está disponível; para o enriquecimento ilícito, o PS não está disponível;
para os compromissos orçamentais e tetos máximos da despesa pública, o PS não está disponível.
Protestos do PS.
Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, há só uma pequena correção histórica que deve ser feita. Se há uma
taxa de IMI mais baixa no município de Lisboa, se há um valor de IRS mais baixo no município de Lisboa,
deve-se ao Partido Social Democrata e ao CDS-PP, e também ao Partido Comunista Português — verdade
seja dita! —, porque, no mandato anterior, o Dr. António Costa não tinha maioria na Assembleia Municipal e
teve de negociar com estes três partidos para que visse o seu orçamento aprovado.
Protestos do PS.
E estes partidos obrigaram a que o IMI e o IRS ficassem nessas taxas, Sr. Deputado.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.