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5 DE DEZEMBRO DE 2014

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portugueses? Vimos fazendo estas perguntas já desde setembro deste ano e o facto é que não temos tido

respostas.

Esperamos que o Congresso do Partido Socialista seja um ponto de viragem para um Partido Socialista e

um novo líder que têm estado sem ideias, sem propostas e sem a capacidade de quererem assumir

compromissos políticos com esta maioria e com este Governo.

Sr. Deputado, uma coisa é certa: há muito que nos divide, mas também havia a obrigação por parte do

maior partido da oposição de ser capaz de fazer compromissos em temas essenciais. É isso que as pessoas

pedem ao Partido Socialista, é isso que as pessoas pedem ao Parlamento e é isso que as pessoas pedem aos

políticos em geral.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado João Galamba.

O Sr. João Galamba (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Menezes, agradecendo a pergunta

colocada, quero, desde já, cumprimentá-lo, pois sei que vai abandonar o Parlamento, e desejar-lhe as maiores

felicidades na sua vida futura.

Sr. Deputado, disse uma grande verdade. De facto, nós não aceitamos compromissos com este Governo e

com esta maioria, porque não aceitamos compromissos com alguém que defende uma política que está a

destruir o País.

Aplausos do PS.

Com esses, de facto, não aceitamos compromissos. Aliás, atendendo ao que se exige ao PS, estranho

seria se o fizéssemos, Sr. Deputado! Portanto, obrigado por reconhecer isso, porque é uma grande verdade e

é importante que os portugueses saibam que, para haver uma alternativa política em Portugal, é preciso uma

preciso uma alternativa que recuse compromissos com a maioria que está a implementar um conjunto de

políticas que o País não quer e quer abandonar rapidamente.

Sr. Deputado, o Partido Socialista está onde sempre esteve, está ao serviço da qualificação dos

portugueses e do investimento no País, e tem apenas um projeto, o de qualificar o País para voltar a dar

esperança a Portugal.

Não aceitamos as políticas de regressão económica e social que têm sido a marca desta maioria; não

aceitamos o aumento da pobreza infantil; não aceitamos o aumento da pobreza dos idosos; não aceitamos a

guerrilha permanente com o Tribunal Constitucional e com as instituições que definem a nossa democracia.

Nós, isso, não aceitamos, Sr. Deputado.

Portanto, Sr. Deputado, aquilo que os portugueses sabem é que para mudarem de políticas, para voltarem

a dar esperança a Portugal, este Governo tem de se ir embora, têm de votar no Partido Socialista e criar uma

nova maioria em Portugal.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro

Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado João Galamba, em primeiro lugar,

apresento cumprimentos democráticos ao Partido Socialista pelo Congresso que realizou, pela eleição do seu

Secretário-Geral e, já agora, cumprimento-o também pela eleição para o secretariado do Partido Socialista.

Sr. Deputado, vou colocar-lhe um conjunto de perguntas, porque daquilo que vimos e ouvimos no

Congresso há alguns silêncios que importa ultrapassar. E se não colocarmos ideias na vida das pessoas, na

prática, esses silêncios serão ruidosos e serão as omissões de quem diz que quer chegar a um Governo com

ideias claras. Ora, com silêncios não há ideias claras.