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I SÉRIE — NÚMERO 26

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O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. Sérgio Azevedo (PSD): — Mas também ficámos a saber que o novo líder do Partido Socialista não é

uma mas, sim, duas pessoas: se, de um lado, temos o líder socialista que condena a austeridade do Governo,

mas que decorre do Memorando cuja negociação ele apadrinhou, temos, por outro lado, o líder socialista,

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que apresenta, no seu orçamento municipal, uma cobrança

adicional de 70 milhões de euros em taxas e impostos para fazer frente à despesa excessiva, que o seu

município enfrenta e que ele é incapaz de reduzir.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Mas, Sr.ª Presidente, das ideias do último fim de semana ficou muito por explicar.

O Partido Socialista quer acabar com a sobretaxa de IRS, mas não explicou como, quando e de que forma.

Quer aumentar o salário mínimo nacional, medida anunciada, de resto, apenas, julgo, por mera distração.

Quem aumentou o salário mínimo nacional foi este Governo, ao contrário do Partido Socialista, que o

congelou, como fez também com as pensões mínimas de sobrevivência.

Vozes do PSD e do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Sérgio Azevedo (PSD): — Quer ressuscitar o Simplex, enfim, fazer regressar os portugueses que se

viram forçados a emigrar — só espero que não seja para lhes cobrar a taxa turística que vai implementar para

quem aterra em Lisboa.

Aplausos do PSD.

Sr.ª Presidente, diz-nos o líder socialista António Costa, provavelmente sem antes ter falado com António

Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que tomara o País ser governado como é o município de

Lisboa.

Esperemos todos que assim não seja, porque, se for, voltaremos aos tempos de um Estado mau pagador,

de um Estado que gasta o que não tem, de um Estado com as suas contas malparadas, de um Estado

agarrado aos negócios ruinosos com os privados, de um Estado que não respeita as instituições e que aprova

regulamentos, medidas e negócios, sem respeitar os órgãos de soberania. No fundo, um Estado governado da

mesma forma que é governada a Câmara Municipal de Lisboa.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, nunca a necessidade de enfrentarmos as dificuldades em conjunto

foi tão premente.

Agora, que sabemos que o novo Partido Socialista se encostará à esquerda, embora tenha recusado

liminarmente a esquerda com representação parlamentar, é também tempo de percebermos se este novo

Partido Socialista, embora com nova definição ideológica, está ou não disponível, até pelas responsabilidades

governativas que teve, para colaborar num conjunto de reformas estruturais e necessárias para o

desenvolvimento de Portugal.

Dizia o líder do Partido Socialista, António Costa, no último fim-de-semana: «se o Governo tivesse

estratégia, já se tinha demitido».

Pois eu respondo: o Governo, ao contrário do que assistimos num passado recente, não está a governar a

pensar em si e nos seus. Está, sim, a governar com lealdade o País que o Partido Socialista deixou na

bancarrota.

Aplausos do PSD.

O Governo está a corrigir um caminho de despesismo — de que António Costa foi o principal patrocinador

—, de descalabro nas contas públicas, de casos gritantes como o das parcerias público-privadas, da festa da

Parque Escolar, ou da ruína do Magalhães, cuja dívida que, em conjunto, criaram é superior em mais de