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I SÉRIE — NÚMERO 26

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O Partido Socialista aprova políticas com as quais concorda, aprova políticas que considera adequadas e,

vai desculpar-me, muitas das propostas do PCP são uma extensão de uma cultura de protesto, roçam mais a

demagogia do que propriamente algo que revele responsabilidade governativa.

Vozes do PS: — Muito bem!

Protestos do PCP.

O Sr. João Galamba (PS): — Portanto, Sr. Deputado, se não se importa, quem define a agenda do Partido

Socialista vai continuar a ser o Partido Socialista.

Dou-lhe dois compromissos do Partido Socialista: o Partido Socialista porá termo ao corte no rendimento

dos pensionistas, dos trabalhadores e dos funcionários públicos. Esse corte no rendimento não irá continuar.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — E repõe?

O Sr. João Galamba (PS): — O empobrecimento do País não é uma via para o desenvolvimento de

Portugal e não será a opção do Partido Socialista.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — E repõe?

O Sr. João Galamba (PS): — E o Partido Socialista continuará, como sempre esteve, empenhado no

desenvolvimento do País.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Vamos prosseguir com a próxima declaração política, por parte do

Bloco de Esquerda.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Helena Pinto.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O setor ferroviário deve ser alvo de

uma aposta estratégica em Portugal, seja no transporte de passageiros e de mercadorias, seja na indústria e

produção associada ao setor.

Proteger e incentivar a capacidade produtiva do País nesta área é fundamental para aumentar a produção

nacional, garantir mais emprego, promover uma melhor mobilidade da população e uma melhoria das

infraestruturas ferroviárias.

As vantagens desta aposta são evidentes a todos os níveis — ambiental, económico, social e de coesão

territorial.

A Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) assume uma posição-chave nesta matéria.

É possível, a partir desta empresa, aumentar a capacidade produtiva.

Esta é uma empresa que tem conhecimento acumulado, único no nosso País. Esta é a única empresa que

pode reparar e fazer a manutenção de automotoras e restante material circulante. Esta é a única empresa que

tem centenas de trabalhadores especializados nesta área, com provas dadas de qualidade no seu trabalho,

que garantem, também, uma questão fundamental: a segurança dos passageiros.

Além de assegurar toda a reparação dos comboios da CP, a EMEF realiza trabalhos para outros clientes

nacionais e internacionais. É uma empresa exportadora na área de metalomecânica pesada (vagons) e de

serviços técnicos pioneiros para a manutenção de veículos ferroviários.

A pergunta tem que ser feita: porquê privatizar uma empresa com estas condições?

O Governo tem seguido uma política de desinvestimento para poder privatizar a preço de saldo. Já

conhecemos esta tática, assim como conhecemos os seus resultados.

O Governo tem preferido alugar automotoras a Espanha em vez de utilizar a EMEF para fazer a

modernização das existentes em Portugal. As automotoras alugadas a Espanha são material que a própria