I SÉRIE — NÚMERO 33
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O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Ministra e demais Membros do Governo, Sr.as
e
Srs. Deputados: Este debate parlamentar sobre a dívida pública surge em boa hora, porque representa uma
dupla oportunidade.
Em primeiro lugar, é uma oportunidade para recordar 2011. Trata-se de um ano negro, em que o Governo
do Partido Socialista chamou os financiadores estrangeiros para virem salvar Portugal da bancarrota iminente.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Não havia dinheiro para pagar salários. Não havia dinheiro para pagar pensões. Não havia dinheiro para
defender a escola pública ou o Serviço Nacional de Saúde.
Não havia dinheiro, porque o Governo do Partido Socialista mergulhara Portugal numa das piores crises
financeiras destes 40 anos de democracia por ter alimentado a dívida pública como se alimenta um monstro
insaciável.
Bem sei que a expressão já se tornou familiar para os Governos socialistas, mas, infelizmente para os
portugueses é mais do que uma expressão, o monstro da dívida significa pesados sacrifícios para corrigir os
excessos de endividamento, porque connosco, com esta maioria e com este Governo, os compromissos são
para honrar e as dívidas são para pagar.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — As dívidas são para pagar, porque só pagando-as poderemos criar
condições para libertar Portugal e os portugueses.
Sim, o monstro da dívida impede o financiamento nos mercados internacionais. Sim, o monstro da dívida
trava o crescimento da economia. Sim, o monstro da dívida agrava o défice das contas públicas e deixa-nos à
mercê dos credores.
Foram os Governos do Partido Socialista que andaram, durante anos, a alimentar este monstro e coube à
atual maioria assumir a responsabilidade de reduzir a dívida acumulada, de forma consistente e racional.
Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: Este debate parlamentar foi uma
oportunidade para recordar o que se passou em 2011, mas foi também uma oportunidade para antecipar o
que se passará em 2015.
Sejamos claros: o Partido Socialista quer ou não quer que Portugal pague o dinheiro que pediu
emprestado? Não sabemos!
Então, quererá o Partido Socialista pré-coligar-se com a extrema-esquerda e pedir uma reestruturação da
dívida? Também não sabemos!
Mas será que o Partido Socialista está, então, à espera de um perdão internacional caído do céu? A
resposta é igual: também não sabemos!
Os portugueses não sabem o que o Partido Socialista quer, mas sabem bem por que é que existiu um
problema de dívida pública que trouxe a troica para Portugal.
Os portugueses sabem que existiu um problema de excesso de dívida, porque o Partido Socialista
endividou o País e foi incapaz de cumprir as suas obrigações. Foi, e é, incompetente.
Os portugueses sabem que existiu um problema de excesso de dívida, porque o Partido Socialista
alimentou um monstro que, depois, fugiu ao seu controlo.
Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: Permitam-me uma última palavra para
convidar o Partido Socialista a falar. É este o tempo. É este o lugar.
Sr.as
e Srs. Deputados, para o PS, o monstro é para combater ou é para ressuscitar? Os portugueses têm o
direito de saber! O PS tem a obrigação de explicar!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado Vieira da Silva para uma intervenção.