23 DE JANEIRO DE 2015
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A Sr.ª Presidente: — Peço aos Srs. Deputados que respeitem os tempos regimentais ou, pelo menos, que
se aproximem dos limites dos tempos regimentais.
Ainda para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Filipe Marques.
O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Sr.ª Presidente, estava a ouvir a última pergunta do Partido
Socialista e foi com alguma alegria que ouvi o Sr. Deputado do Partido Socialista citar recomendações de
livros de ex-Ministros do Governo do PSD. Era também bom que citasse recomendações e diagnósticos de
dirigentes do Partido Socialista. É que de prognósticos e de diagnósticos o Partido Socialista já nos
demonstrou ao que vem. Continuamos à espera é da primeira proposta do Partido Socialista para a reforma do
País. Aliás, não da primeira, mas da segunda, porque a primeira já o Dr. Correia de Campos veio desmontar
no jornal Público.
Mas, Sr.as
e Srs. Deputados, aquilo que parece importante refletir aqui hoje é perceber se o País está
melhor do que estava há três anos, é perceber se os sinais que foram sendo dados pela economia tiveram
resultado na vida dos portugueses ou não, é perceber se Portugal, afinal, sempre teve um segundo resgate ou
se Portugal sempre teve um programa cautelar, ou se Portugal, afinal, até tinha uma espiral recessiva.
Afinal, ouvimos aqui o Partido Socialista dizer que já há alguns sinais de retoma da economia, mas que
ainda faltam políticas de investimento para recuperar a economia.
Não percebemos de quem é a responsabilidade. Nós, no PSD, acreditamos que a responsabilidade é,
sobretudo, das empresas, mas também da credibilidade que os portugueses e o País voltaram a ter, que lhes
permite ter confiança e devolver a confiança aos empresários.
Ao Sr. Deputado do Bloco de Esquerda gostava de recordar o seguinte: a grande maldade que se fez ao
País foi levá-lo à bancarrota.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Vocês votaram os Orçamentos do Estado!
O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — E ao Partido Comunista Português o que me apetece dizer, depois
desta intervenção, é que o País não é uma brincadeira da Lego, nem um jogo da Playmobile. O País não se
gere com uma brincadeira, apesar da sua alegoria ter tido alguma graça. Mas o que é facto é que hoje
devemos perceber se o País deixou de ter «pés de barro» e tem hoje alicerces que não são uma brincadeira,
são alicerces responsáveis, sustentáveis para o futuro do País e para as próximas gerações.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Isso é de uma grande profundidade de análise!
O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Interessa saber se entregamos um País melhor do que aquele que
recebemos há três anos e se ele tem condições para crescer.
Sr. Deputado Filipe Lobo d’Ávila, a pergunta que gostava de lhe colocar é bastante simples. Durante três
anos, fomos percebendo que o País tinha mais condições, estava mais preparado, estava mais sustentável.
Penso que hoje é tempo de também verificarmos se os portugueses começam ou não a sentir nos seus
bolsos, na economia, nas empresas o resultado dessas políticas, o resultado desse rigor e o resultado desta
política sustentável que quer criar um País com futuro e não um País sustentado em dívida, em PPP ou em
obras megalómanas.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Filipe Lobo d’Ávila.
O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, agradeço aos Srs. Deputados Rui Paulo
Figueiredo e Duarte Filipe Marques as questões colocadas.
Começando por algumas das considerações e perguntas, esperei pelas perguntas, mas elas foram mais
retóricas do que propriamente concretas.
Sr. Deputado Rui Paulo Figueiredo, queria começar por dizer-lhe que registo o seu tom, aliás em
contraponto com o tom a que, por vezes, vamos assistindo na bancada do Partido Socialista, porque é um tom