I SÉRIE — NÚMERO 71
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O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos, julgo importante
neste debate falarmos um pouco sobre o que são as perspetivas de futuro e, sobretudo, sobre o que foi o
passado para não voltarmos a repetir os erros que já cometemos.
A Sr.ª Deputada falou aqui em vários indicadores para acusar este Governo de ter retrocedido décadas,
dezenas de anos, em vários indicadores.
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — E acha que não têm nada a ver com isso? É preciso descaramento!
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Podia era ter olhado para o ponto de partida deste Governo e ter visto
a marcha-atrás que o Governo do Partido Socialista já tinha feito, entre 2005 e 2011, para perceber que este
Governo, muitas vezes, já recuperou terreno relativamente à situação em que os senhores deixaram o País.
Repare, na taxa de risco de pobreza, a Sr.ª Deputada diz que recuámos uma década. Não recuámos, Sr.ª
Deputada!
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Recuámos, sim!
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Em 2011, a taxa de risco de pobreza do País já era igual a 2006 e os
senhores tinham estado no Governo entre 2006 e 2011. Os senhores andaram para trás quando estavam a
querer andar para a frente, o que é uma coisa extraordinária. Portanto, foram os senhores que fizeram o País
recuar.
Em relação ao emprego, diz a Sr.ª Deputada que recuámos duas décadas, a 1997. Sr.ª Deputada, este
Governo recuou de 1998 a 1997, porque, em 2011, a taxa de desemprego estava ao nível de 1998. Portanto,
Sr.ª Deputada, o PS já tinha feito a marcha-atrás toda, nós nem tivemos de pagar portagem!
Quanto ao investimento, sabe onde é que o Governo do PS deixou os níveis de investimento em 2010?
Sabe ao nível de que ano? Deixou-o aos níveis de 1992, Sr.ª Deputada! E a Sr.ª Deputada diz que recuámos
20 anos?! Pudera! Nós pegámos no País quando os senhores, entre 2006 e 2011, puseram os níveis de
investimento do País ao nível de 1992, Sr.ª Deputada!
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Falou também da emigração e disse que recuámos aos tempos do Estado Novo. Qual era o número de
emigrantes que o País tinha em 2010, o último ano em que o Partido Socialista esteve inteiramente a governar
o País?
O Sr. João Galamba (PS): — Era de 23 760!
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Os níveis eram os do ano de 1967, Sr.ª Deputada! O recuo de três
décadas deste Governo foi, afinal, de um ano, Sr.ª Deputada, porque o resto foi da responsabilidade do
Partido Socialista.
Posto isto, aquilo que os portugueses hoje têm de se perguntar é se, por cima de tudo isto, desta
recuperação que já fizemos, ainda queremos ter a gestão orçamental do Partido Socialista, que é esconder a
dívida nas empresas públicas e empurrar a despesa para a frente! É que, Sr.ª Deputada, a dívida que nós hoje
estamos a pagar é a dívida do Partido Socialista!
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
E muita dessa dívida vai ser paga por contribuintes que ainda nem nasceram e estão à espera de nascer
para poderem ter em seu nome um cheque passado pelo Partido Socialista chamado «dívida pública».
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos.