5 DE JUNHO DE 2015
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Da parte do PCP, o nosso compromisso é o de que o superior interesse da criança seja efetivamente
respeitado na vida de todos os dias e não apenas no discurso do Governo.
Aplausos do PCP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Teresa
Anjinho.
A Sr.ª Teresa Anjinho (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança
Social, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: Estes diplomas, centrados na criança e,
naturalmente, na família, merecem de todos nós especial relevo e cuidado. Mais: merecem um debate que
seja sereno e construtivo. É a criança que está no centro e estas alterações podem, e irão, com toda a
certeza, fazer a diferença.
É um debate que não foge às dificuldades, muito pelo contrário, reconhece-as, estuda-as, afere-as e,
agora, apresenta resultados. E apresenta resultados com rigor e com responsabilidade.
É extraordinário ouvir o Partido Socialista, hoje, nesta Casa, pela voz da Deputada Idália Serrão, dizer
aquilo que, efetivamente, ouvimos, com total ausência de sentido de responsabilidade em relação à situação
em que o Partido Socialista deixou o País em 2011.
Vozes do CDS-PP e do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Teresa Anjinho (CDS-PP): — Acha, Sr.ª Deputada, que o estado de pré-bancarrota…
A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Haja decência, Sr.ª Deputada!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Haja, haja! É o que lhe falta a si!
A Sr.ª Teresa Anjinho (CDS-PP): — … em que deixou o País, em 2011, é amigo das famílias e das
crianças?!
A Sr.ª Inês Teotónio Pereira (CDS-PP): — Exatamente!
A Sr.ª Teresa Anjinho (CDS-PP): — E, já agora, as consequências que daí advieram, em termos de
autonomia decisória e em termos de racionalização, até de recursos, por ausência de dinheiro, Sr.ª
Deputada?! Havia 300 milhões, na altura, nos cofres do Estado e o Estado era incapaz de cumprir com as
obrigações sociais que a Sr.ª Deputada, agora, aqui vem defender! Nem quero falar do cheque-bebé, Sr.ª
Deputada, mas, já agora, pergunto-lhe, e peço-lhe que recorde a esta Casa, se, em 2010, não foi o PS que
acabou com o abono de família nos 4.º e 5.º escalões, para cerca de meio milhão de portugueses?!
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
E recorde também, já agora, Sr.ª Deputada, quem é que colocou na gaveta a majoração do subsídio de
desemprego!
Não ia referir-me ao seu projeto de resolução, mas, depois de tudo o que ouvi, vou ter de lhe fazer uma
pequena referência, porque me parece que, enfim, acabou por não perceber muito bem o que está em causa.
A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Ó Sr.ª Deputada!…
A Sr.ª Teresa Anjinho (CDS-PP): — Diz-se no projeto de resolução que o superior interesse da criança
«não fique afetado por uma norma genérica e vaga como a que consta da proposta de lei n.º 339/XII, que
prevê que a intervenção das CPCJ dependa da continuidade de relações de afeto e de qualidade
significativas». Sr.ª Deputada, com a maior das honestidades, e, aliás, num sentido absolutamente construtivo,