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12 DE JUNHO DE 2015

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O Sr. Arménio Santos (PSD): — … porque nela não encontramos nenhuma proposta concreta para

resolver os problemas que elencou da tribuna.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Arménio Santos (PSD): — Fazer diagnósticos é fácil, Sr. Deputado. Diagnósticos fazem-nos todos

os dias o Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda e com brilhantismo. Do Partido Socialista,

esperávamos uma coisa bem diferente.

Aquilo que o Sr. Deputado anunciou da tribuna tem por base indicadores que não se reportam aos tempos

de hoje, reportam-se a 2013. Ora, todos sabemos que, em 2013, estávamos no pico da crise, estávamos no

pico das consequências de um conjunto de políticas e de medidas que Portugal estava obrigado a executar e

que atingiram duramente as famílias e as empresas. O desemprego atingiu cerca de 18%, como todos

sabemos, e naturalmente que as pessoas que estão numa situação de desemprego estão mais expostas aos

fenómenos da pobreza.

Aquilo que hoje se verifica é bem diferente: o desemprego não está nos 18%, está em cerca de 13%; cerca

de 213 000 portugueses já não integram o exército de desempregados, cerca de 213 000 portugueses já não

estão expostos aos efeitos da pobreza com a dureza que acontecia em 2013.

Por outro lado, o Governo adotou políticas para atenuar os efeitos dessa crise, esses efeitos sociais,

gravosos, nas pessoas, nas famílias. Não podemos esquecer-nos — é o próprio INE, por exemplo, que o

refere — que o Governo reforçou em 7,3% o Estado social. Para quê? Para ir ao encontro dos mais

desfavorecidos, dos desempregados, da pobreza, das famílias mais depauperadas.

Portanto, o Governo não esteve insensível. Independentemente dos discursos que o Partido Socialista, o

Bloco de Esquerda e o Partido Comunista possam repetir, a verdade é que, em concreto, as políticas do

Governo foram orientadas tendo em conta claramente preocupações de natureza social.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Essa está boa! Preocupações sociais?! Vejam bem!

O Sr. Arménio Santos (PSD): — Por conseguinte, hoje, a realidade é bem diferente daquela que o Sr.

Deputado esteve a desenhar, em função de dados, repito, relativos a 2013, e estamos em 2015.

Queria ainda dizer que não podemos esquecer-nos que o Governo, em diálogo com os parceiros sociais,

atualizou o salário mínimo nacional em montantes significativos; o Governo atualizou as pensões mínimas

sociais e rurais; o Governo, enfim, tomou algumas medidas em ordem a atenuar os efeitos da crise que todos

nós sentimos e partilhámos.

Mas, Sr. Deputado, o que essencialmente importa aqui, hoje, saber é o que queremos para futuro.

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Arménio Santos (PSD): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.

Todos sabemos bem do buraco de onde viemos — penso que nenhum português deseja lá voltar — e

todos sabemos onde estamos. Depois de muitos sacrifícios, a realidade, hoje, é claramente diferente. Não é

aquela que desejamos, naturalmente, mas, em consciência, todos sabemos que a realidade económica e a

realidade social levam a podermos respirar melhor, a podermos encarar com mais esperança o futuro.

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Essa é que é a verdade!

O Sr. Arménio Santos (PSD): — Ora bem, sabemos bem onde estamos e sabemos que os sacrifícios que

todos fizemos tiveram algum resultado.

Agora, importa saber para onde queremos ir e o que queremos fazer no futuro. Queremos que a economia

responda, finalmente, na linha dos sinais consequentes que tem vindo a dar, queremos que a economia

cresça de forma sustentada, porque é através do crescimento da economia que se pode realizar muitas

aspirações dos portugueses. Desde logo, a criação de riqueza, para ser distribuída com equidade; a criação