O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 6

28

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Espero que o Governo cumpra a meta do défice, porque ela é

importante para as finanças públicas do País e para a credibilidade do País.

O Sr. Heitor Sousa (BE): — Pois, pois!

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Tem de se saber é que o caminho que está a ser seguido não era

necessariamente aquele que tinha de ser seguido, porque havia alternativas.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Mas o importante não é a questão do investimento público. Nós

olhamos para a economia portuguesa dos últimos 20 anos e, claramente, verificamos que nos últimos 15 anos

praticamente não crescemos em termos per capita. E porquê? Porque muito do pouco investimento, fosse

público, fosse privado, que se realizou durante todos estes anos não foi produtivo, o que significa que temos de

atender à qualidade do investimento que é realizado. Esta é a primeira questão.

A segunda questão é a seguinte: não é com o capital que detemos no País que conseguiremos crescer o

suficiente nem para pagar as dívidas nem para investir no futuro e na geração de emprego. Precisamos de

exportar mais e de atrair mais investimento direto externo. Isso é crítico para que o País, nos próximos anos,

possa sonhar, ambicionar em criar emprego sustentável e crescer acima da média dos nossos parceiros e,

portanto, recuperar alguma coisa para futuro. Mas isso implica ter uma estratégia. Qual é a estratégia nacional

que o Governo tem nesta matéria? Nós, quando chegámos ao Governo, tínhamos uma estratégia…

O Sr. Heitor Sousa (BE): — Era a de afundar o País!

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — … e ela estava a resultar porque a economia estava a crescer e o

investimento estava a aumentar.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Isso é público! Não é contestável!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Nós sabemos que é preciso reduzir os custos de contexto. Nós sabemos que é preciso dar estabilidade fiscal.

Nós sabemos que é preciso diminuir a desconfiança sobre as condições de mercado.

Um ano depois das eleições, até podemos estar a discutir se, nos três meses anteriores ou nos três meses

seguintes — que é, em regra, o período de perturbação que qualquer ato eleitoral impacta sobre a economia —

, as coisas corriam melhor ou pior. Isso tem pouca relevância. Mas, quando estamos a discutir 10 meses de

Governo, não me venha, Sr. Ministro, com a ideia de que nós não deixámos o investimento todo preparado e

que a economia vinha muito mal desde o nosso tempo, quando tivemos a economia a crescer em 2014, em

2015…

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PS.

Sabemos hoje que o valor acrescentado bruto nas empresas portuguesas não financeiras aumentou em 2015

face ao ano anterior e que batemos os recordes nas exportações.

Portanto, não venham com essa conversa, porque não é positiva nem construtiva para futuro.

O que queremos, Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, é dizer o seguinte: se precisamos de exportar

mais e de atrair mais investimento externo, precisamos de avaliar as reformas estruturais que foram feitas e