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29 DE SETEMBRO DE 2016

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Portanto, se isto são sinais de que os privados acreditam na economia, neste caso, no setor da energia sem

subsídios, significa que estamos, efetivamente, a fazer o caminho certo.

Srs. Deputados, peço-vos que tenham em conta estas situações, quando estamos a falar do investimento no

nosso País.

Quero ainda falar-vos da questão das interligações, designadamente da interligação de Portugal e Marrocos.

Trata-se de um investimento que será privado, que está neste momento sob estudo, que envolve 500 milhões

de euros e que possibilitará mais emprego no País e que Portugal coloque fora das suas fronteiras a energia

elétrica renovável que somos capazes de produzir. São exemplos na área da energia, Srs. Deputados, que

significam que estamos a seguir no caminho certo. E pedimos, efetivamente, que a Assembleia da República dê

também sinais de confiança aos investidores, públicos e privados, de que é este o caminho que importa fazer.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para encerrar o debate, tem a palavra o Sr. Ministro da Economia.

O Sr. Ministro da Economia: — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Tive o prazer de estar, ontem, com o Sr.

Deputado Pedro Passos Coelho e com o Sr. Presidente da República na inauguração do investimento no novo

Campus da Universidade Nova de Lisboa. Tive também o prazer de ver, hoje, algo que já tinha sido confirmado

em contactos com a empresa, ou seja, que a Renault anunciou que vai investir mais 150 milhões em Cacia,

aumentando o emprego e passando alguns trabalhadores para o quadro permanente. Boas notícias para o País!

Desde que tomei posse, já estive em Braga, em investimentos da Bosch e da Fujitsu; em Bragança, da

Faurecia; em Vila Nova de Famalicão, da Continental; em Arcos de Valdevez, da Eurostyle; em Braga e Loulé,

da Ikea, que ali abriu; no Porto, da Euronext, para onde está a transferir atividade; em Évora, da Mecachrome

ou da Embraer, onde fomos inaugurar investimentos; em Estarreja, da Eurocast; nos Açores, da DST; do Grupo

Pestana, que está a abrir 10 novos hotéis e abriu, ontem, mais uma unidade de cinco estrelas. Estamos a falar

de investimento produtivo, que cria nova capacidade, novos empregos. É disto que estamos a falar! E foi este

investimento que cresceu neste ano, foi este investimento estrangeiro que cresceu neste ano.

Aplausos do PS.

Penso que aquilo que o Sr. Presidente disse sobre os fundos comunitários todos nós, aqui, poderíamos

subscrever. E o que disse foi o seguinte: «Estamos com um atraso de quase dois anos e não temos a eternidade

à nossa frente». Ora, este Governo não está há dois anos no poder, não foi este Governo que atrasou os fundos

comunitários, foi este Governo que fez tudo para os acelerar.

Aplausos do PS.

O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — Muito bem!

O Sr. Ministro da Economia: — Dentro deste Governo, tenho-me inibido sempre de atirar pedras aos

problemas que existiam quer no passado, quer na negociação. Colaborei com o anterior Governo, como

representante do Partido Socialista, na negociação do quadro comunitário, demonstrei as minhas discordâncias

durante essas negociações, nomeadamente ao ex-Secretário de Estado Castro Almeida, com quem tive sempre

um trabalho de diálogo, e manifestei também o meu apoio junto da Comissão Europeia em relação a aspetos

em que era importante para o País conseguir uma melhor negociação, e conseguimos, com o Partido Socialista,

ter uma posição construtiva que, penso, foi importante.

Quando chegámos ao Governo, no que respeita aos incentivos às empresas, havia problemas nos

pagamentos. Os problemas são conhecidos de todos, tinham a ver com um sistema de pagamentos diferente

do anterior, que poderia ser melhor ou pior. Para mim, tinha um problema: não funcionava, não estava a

funcionar, não estava a fazer chegar dinheiro às empresas e o que fizemos com o Plano 100 foi pôr o dinheiro

a chegar às empresas. Tinham sido atribuídos, em termos do COMPETE, incentivos ao investimento produtivo

nas empresas, 4 milhões; estão agora atribuídos 320 milhões. O Sr. Deputado acha, e bem, que 320 milhões é