30 DE SETEMBRO DE 2016
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… sabendo que há alterações que os próprios defendem, como a universalização do ensino pré-escolar aos
três anos. Preferem simplesmente não discutir porque a Sr.ª Deputada Joana Mortágua acha que o CDS não
tem moralidade ou, melhor ainda, que este Parlamento não é o lugar certo para fazer essa discussão.
Volto a dizer: o CDS trará, no agendamento potestativo, uma proposta de alteração da Lei de Bases. Se os
senhores não concordarem, venham a jogo e tragam as vossas alterações para podermos passar os próximos
30 anos a ter uma discussão mais produtiva.
Aplausos do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Fica, assim, concluído o primeiro ponto da ordem de trabalhos de hoje.
Vamos prosseguir com o segundo ponto, que consiste na discussão conjunta da petição n.º 551/XII (4.ª) —
Apresentada pela Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, solicitando à Assembleia da República a
adoção de medidas que permitam a organização dos cuidados de saúde no Centro Hospitalar do Médio Tejo, e
dos projetos de resolução n.os 153/XIII (1.ª) — Acesso aos Cuidados de Saúde no Centro Hospitalar do Médio
Tejo (PS), 269/XIII (1.ª) — Por uma gestão ao serviço das populações do Centro Hospitalar do Médio Tejo (Os
Verdes), 320/XIII (1.ª) — Recomenda ao Governo a adoção de diversas medidas com vista ao bom
funcionamento do Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE (CDS-PP) e 319/XIII (1.ª) — Acessibilidade aos
cuidados de saúde prestados no Centro Hospitalar do Médio Tejo (PSD).
Para apresentar o projeto de resolução do PS, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Costa.
O Sr. Hugo Costa (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A necessidade de melhoria dos cuidados
de saúde na região do Médio Tejo é consensual, e a prova disso é o conjunto de projetos de resolução
apresentados por todas as bancadas na Assembleia da República.
Em nome do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, saúdo os 7450 peticionários, que defendem melhores
cuidados de saúde. Essa luta dos autarcas, e transversal a toda a região, por melhores cuidados de saúde das
populações não pode ser esquecida neste Plenário da Assembleia.
O denominado Centro Hospitalar do Médio Tejo serve uma população de cerca de 200 000 pessoas e possui
três unidades hospitalares — Abrantes, Tomar e Torres Novas —, uma população que merece ter acesso a
melhores cuidados de saúde.
O Partido Socialista está, desde sempre, preocupado com esta situação, não podendo permitir que ela
continue a agudizar-se no Médio Tejo.
A concentração das urgências no Médio Tejo não correspondeu a mais qualidade, dadas as distâncias a
percorrer pelos cidadãos. Urgências e corredores de hospitais com 60 km e 70 km não são minimamente
aceitáveis num Portugal que se quer moderno e onde se quer servir melhor os cidadãos.
Esta situação dos concelhos, nomeadamente o de Ourém e o de Ferreira do Zêzere, já está em parte
resolvida com a possibilidade de todos os utentes do Centro Hospitalar do Médio Tejo poderem deslocar-se
dentro do Serviço Nacional de Saúde, mas importa continuar a defender o Serviço Nacional de Saúde no Médio
Tejo.
Um hospital sem medicina interna não é um verdadeiro hospital e ainda hoje um dos três polos não tem
medicina interna: o polo de Tomar. O Sr. Ministro da Saúde e o Sr. Presidente do Conselho de Administração
do Centro Hospitalar já anunciaram que o hospital de Tomar vai ter medicina interna. É urgente esse hospital
ter medicina interna, é urgente que este problema seja resolvido.
É certamente importante haver mais valências quer em Abrantes, quer em Torres Novas, quer em Tomar.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem de concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Hugo Costa (PS): — É importante responder aos cidadãos do Médio Tejo e o Grupo Parlamentar do
Partido Socialista aqui estará para, em conjunto com todos, procurar os consensos necessários para a resolução
do problema.
Aplausos do PS.