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I SÉRIE — NÚMERO 28

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A melhor resposta que encontro para dar à Sr.ª Deputada Joana Mortágua nesta interpelação é distribuir

também a Nota de Esclarecimento do Instituto de Avaliação Educativa, que é uma entidade que está sob a tutela

do Governo que a Sr.ª Deputada apoia e que responde, com muita clareza e de uma forma muito direta, às suas

observações.

Mas, Sr.as e Srs. Deputados, no final deste debate a propósito desta declaração política, e aproveitando as

questões que me foram colocadas, deixe-me dizer-lhe, Sr.ª Deputada Ana Mesquita, que nós não queremos

nenhum mérito que não seja nosso. Aliás, eu até tive ocasião de partilhar com toda a comunidade educativa o

mérito dos resultados que foram e estão a ser obtidos, e são vários, não são só os das últimas semanas, como

tive ocasião de dizer.

Mas o estranho é que a Sr.ª Deputada nos queira imputar um demérito sem qualquer correspondência com

a realidade…

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … e queira ignorar o mérito não dos alunos, dos professores, dos

funcionários ou das autarquias locais mas das políticas que conduziram a estes resultados.

Protestos do Deputado do PS Porfírio Silva.

Sr.ª Deputada, é preciso não querer ver para não reconhecer que tudo aquilo que era uma catástrofe

anunciada e que os Srs. Deputados que hoje apoiam o Governo quiseram antecipar para o sistema de ensino

em Portugal não ocorreu. Mas, pior do que isso, não só não ocorreu como aconteceu precisamente o contrário.

De facto, os indicadores mostram que a aposta estratégica na escola pública na exigência, na qualidade, na

circunstância de lhe ser dada todas as condições para aproveitar a capacidade instalada, reestruturando os

serviços, mas não fazendo cortes cegos como aqueles que estão hoje a fazer,…

O Sr. Porfírio Silva (PS): — Não é verdade!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … tudo isto, Sr.ª Deputada, conduziu a um avanço muito significativo, que

é reconhecido internamente por quem quer ser independente na análise e externamente, por maioria de razão,

por quem tem essa independência à partida. E o importante era hoje saber se, perante esta realidade, as Sr.as

e os Srs. Deputados estão disponíveis para avaliar aquilo que é o impacto das reformas que foram

empreendidas, porventura até detetar alguma coisa que não esteja tão bem,…

O Sr. Porfírio Silva (PS): — Porventura!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … mas também concluir que aquilo que foi feito produziu um resultado,

que não deve ser desfeito por mero preconceito ou, mais do que isso, por puro fanatismo ideológico e partidário.

Srs. Deputados, numa palavra, não é por os senhores terem errado, não é por terem sido contrariados pela

realidade que, hoje, deixam de ter oportunidade de fazer as coisas bem feitas.

O Sr. Presidente: — Já ultrapassou o seu tempo, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Aprendam com os vossos erros! Já que estamos a falar de aprender e de

ensinar, aprendam, deem um exemplo aos alunos deste País e mostrem que também são capazes de aprender

com a realidade.

O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Não estraguem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É isso que interessa ao nosso futuro. É isso que é importante.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.