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I SÉRIE — NÚMERO 42

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O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — Sr. Deputado, não me está a ofender a

mim quando diz que o Governo fez uma imposição na concertação social, está a ofender os parceiros sociais.

Está a ofender todos os parceiros sociais…

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

… que subscreveram o acordo e que o assinaram, depois de uma negociação em que não houve uma

imposição de nenhuma parte. E quem participou nos debates da concertação social sabe bem isto!

Vozes do PSD: — Ah!…

O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — O Sr. Deputado, felizmente, parece —

porque com estas contradições já não sei muito bem — que deu, finalmente, a resposta: o PSD é contra este

aumento, considera-o…

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Excessivo!

O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — Excessivo! Finalmente, a palavra que

faltava. O Presidente do PSD disse que este aumento do salário mínimo é excessivo!

Aplausos do PS.

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — É verdade! É excessivo, por isso é que V. Ex.ª anda à procura de

compensação!

O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — Não tiveram a mesma clareza…

Protestos do PSD.

Tanta confusão, Srs. Deputados! Tanta confusão!

Tenham um pouco mais de calma! Talvez tivesse sido vantajoso que tivessem tido a mesma clareza ao

dizerem, quando o tema estava em debate na concertação social,…

O Sr. Adão Silva (PSD): — Não houve debate!

O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — … que seriam contra qualquer redução

transitória e excecional na taxa social única. Mas isso não fizeram!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Não houve debate!

O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — Não tiveram a clareza de o dizer!

Aplausos do PS.

Ao contrário, só deram sinais em sentido contrário… Aliás, até pediram o alargamento desta medida para

setores que já a tinham! Que grande coerência do maior partido político da oposição!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — E, já agora, do Parlamento!