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2 DE FEVEREIRO DE 2017

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O Sr. João Oliveira (PCP): — Faça lá a pergunta ao PSD. A declaração política não é nossa, é do PSD.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — É a coerência do PCP, e como os senhores não são coerentes, como os

senhores não estão sólidos, assistimos a este embuste e a esta encenação. É que até os sindicatos estão contra

o Partido Comunista Português — vejam lá essa curiosidade dos dias de hoje —, o que prova a incoerência.

Digam os senhores o que é que querem em concreto e nós cá estaremos para discutir sobre os pontos

concretos, ponto a ponto, e sobre a legalidade deste tema.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Silva.

O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Bruno Dias, pensei que o Sr. Deputado

vinha explicar as dificuldades que atravessa o Partido Comunista Português com os seus sindicatos, que até já

resolvem fazer manifestações à porta da sede do PCP.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Eu até explicava, mas não ia perceber!

O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Sr. Deputado Bruno Dias, relativamente às questões da dívida histórica,

na verdade, ela é histórica, não é de hoje, não é de ontem, não é de há quatro anos, é de há muitos anos, e o

que lhe queria dizer sobre isso…

Protestos do PCP.

Vozes do PSD: — Sejam sérios!

O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — … é que, normalmente, gosto de números e dedico-me aos números.

Ora, acontece que o Sr. Deputado acusou-nos de que acabámos a nossa governação com 20 000 milhões de

dívida.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Mas está enganado?!

O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Se não se tivesse feito nada no setor dos transportes públicos em

Lisboa, sabe qual era o valor da dívida com que iria ter no final do mandato, no final de 2015? Era de 24 000

milhões de euros.

Vozes do PSD: — Pois é!… Esquecem-se de dizer isso! Claro!

O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Mais — e isto é dito pelo Tribunal de Contas, é dito pela UTAO (Unidade

Técnica de Apoio Orçamental), é dito pelos credores internacionais, é dito pelo FMI (Fundo Monetário

Internacional), é dito pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico): sabem quais

foram as poupanças nesta área dos transportes? Foram de 800 milhões de euros! Foram 800 milhões de euros

de poupanças ao longo de quatro anos.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — A isso chama-lhe poupanças?!

O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Mas o Governo anterior fez mais. É que o Passe Social +, por exemplo,

passou a ser atribuído em função da carência de rendimentos, não em função da idade, não em função de ser

jovem ou de ser idoso, mas em função das famílias que tinham necessidades.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Vá lá dizer isso a quem ficou sem passe!