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I SÉRIE — NÚMERO 54

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Esses desequilíbrios estruturais mereceram da maior parte das instituições que se pronunciaram sobre eles

comentários importantes, sobretudo chamando a atenção para o facto de não haver nenhum esforço sensível

que tivesse sido realizado pelo Governo para os combater durante o último ano…

O Sr. Presidente: — Já ultrapassou o seu tempo, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Vou concluir, Sr. Presidente.

Ora, preocupa-nos que tenha sido perdido um ano no combate a esses desequilíbrios estruturais, sobretudo

porque hoje poderíamos estar em muito melhores condições para encarar as reformas de transformação da

nossa economia que nos permitiriam crescer mais e convergir com a Europa.

O Sr. Presidente: — Obrigada, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Deixe-me concluir, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Faça favor, mas concluir dentro do tempo.

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Eu concluo.

Sr. Primeiro-Ministro, uma vez que a sua maioria é contra qualquer reforma estrutural, sendo só a favor da

reversão daquelas que já foram feitas, como é que vai justificar que a economia portuguesa e o esforço que o

Estado português vem fazendo…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Não seja piegas! Está armado em piegas!

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — … esteja em sentido oposto àquele que era necessário realizar e

porque é que continua a empurrar com a barriga e com a geringonça no Parlamento?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Relembro que os tempos são todos confirmados em Conferência de Líderes.

O Governo e o Bloco de Esquerda ultrapassaram os tempos disponíveis e, portanto, tem de haver uma devida

compensação pelos restantes grupos parlamentares, mas convém não haver exageros.

Faça favor de responder, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Passos Coelho, verifico que foi necessário

chegar ao tempo dos descontos para sair do tema das tricas das SMS e começar a falar dos problemas reais e

da economia do País.

Aplausos do PS.

Isso diz tudo sobre este debate e sobre a posição do Governo e do PSD hoje em dia.

Eu começaria por sinalizar ao Sr. Deputado um pequeno dado que talvez fosse importante: é verdade que,

ainda hoje, a Comissão Europeia sinalizou vários desequilíbrios estruturais do País e trabalhou com dados

relativos a 31 de dezembro de 2015 — repito, 31 de dezembro de 2015!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Oh, não é possível…!

O Sr. Primeiro-Ministro: — É evidente que nem um otimista como eu acredita que seria possível fazer o

milagre de, entre 31 de dezembro de 2015 e finais de fevereiro de 2017, ter resolvido todos esses problemas

estruturais.

Aquilo que lhe posso dizer é que, hoje, cada um desses problemas estruturais está em melhor situação do

que estava no final de 2015, ou seja, permita-me que lhe recorde, no final dos quatro anos da sua governação.