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6 DE ABRIL DE 2017

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apregoar projetos de milhões na comunicação social, mas deixando um País totalmente parado e necessitado

destas estruturas?!

Aplausos do PSD.

Sr.as e Srs. Deputados: O setor agrícola merece mais e melhor. Portugal precisa de agricultores investidores

que sejam maiores na produção agrícola sustentável e na preservação da coesão territorial e social.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Nuno Serra (PSD): — Vou terminar. Sr. Presidente.

O mundo rural precisa de políticas públicas fortes, sem dirigismos extremos alheios ao mundo rural.

A agricultura não precisa de políticas preconceituosas sem futuro, nem horizonte, precisa de políticas que

incentivem e motivem os agricultores a continuar o caminho que fizeram até hoje.

Aplausos do PSD e de Deputados do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado Nuno Serra, inscreveram-se dois Deputados para

pedidos de esclarecimento. Como pretende responder?

O Sr. Nuno Serra (PSD): — Sr. Presidente, respondo aos dois em conjunto.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para formular pedidos de esclarecimento, tem a palavra o Sr.

Deputado Carlos Matias, do Bloco de Esquerda.

O Sr. Carlos Matias (BE): — Sr. Presidente, agradeço ao Sr. Deputado Nuno Serra ter trazido a este debate

o tema da agricultura, porque, de facto, é um setor muito importante.

Esperaria ouvir ideias novas, mas o que ouvi foram considerações gerais e acusações sem fundamento. Mas

vamos ao concreto, porque é no concreto que nos entendemos ou desentendemos.

Está aberta a discussão sobre o futuro da PAC após 2020. Como se sabe, a política agrícola comum (PAC)

ao longo dos anos tem beneficiado sobretudo os grandes proprietários, abandonando à sua pouca sorte a

pequena agricultura, sobretudo a pequena agricultura de base familiar.

Os primeiros sintomas, os primeiros indícios, do que vem aí com a nova PAC são muito preocupantes. Ainda

há pouco, escrutinámos, na Comissão de Agricultura, um diploma europeu sobre estatísticas agrícolas que, pura

e simplesmente, apagava as propriedades abaixo de 5 ha, ou seja, apagava das estatísticas a maior parte das

pequenas explorações agrícolas do nosso País.

Para nós, que defendemos que a reforma da PAC vá no sentido de privilegiar a pequena agricultura e a

agricultura familiar e o ordenamento e a diversificação florestal, de facto o que ameaça vir não é muito positivo.

Portanto, perguntamos: e o PSD? Vai defender que continue a velha PAC, defendendo e privilegiando os

mesmos de sempre? Quais são, então, os novos desafios para o PSD?

Segunda questão: o setor do leite, no nosso País, vive de uma permanente penúria desde o fim das quotas,

em 2015. O mercado resolveria tudo e faria a regulação — é o liberalismo à moda do PSD. Não o fez! Hoje,

sabemos que, além dos problemas decorrentes da situação internacional, a grande distribuição esmaga os

preços dos pequenos produtores e leva-os à ruína. Pergunto: quais são as propostas concretas do PSD para

pôr a grande distribuição na ordem e defender estes rendimentos?

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Também para formular pedidos de esclarecimento, tem a palavra

a Sr.ª Deputada Júlia Rodrigues, do Partido Socialista.