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I SÉRIE — NÚMERO 72

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Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, relembro que utilizou grande parte do tempo atribuído ao seu Grupo

Parlamentar para este debate.

Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado, que o ponto de partida é péssimo já

sabemos. Mas não podemos continuar a usar o passado para justificar mais decisões no presente.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Ora aí está uma boa frase!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — O Fundo, para dizer a verdade, não correspondeu às condições impostas

pelo Governo. A verdade é que o Governo comprometeu 3900 milhões de uma nova garantia pública, ou seja,

mais dívida pública, para pagar ao Fundo ou ao banco no futuro.

Sr. Deputado, não nos diga que é a menos má das opções, nem chantageie o povo português dizendo que

tem de escolher entre uma recuperação de rendimentos ou ficar sem sistema bancário!

Prove, em vez disso, com factos e dados, e não com fantasmas e chantagens, que a nacionalização não era

melhor para o País, quer no curto prazo, quer, sobretudo, no longo prazo, que não era a posição e a opção que

melhor defendia os interesses da economia e também os interesses do erário público.

Estamos convencidos que essa é a verdade, trouxemos os nossos argumentos e os nossos números.

Estamos à espera que nos provem que essa não era a melhor alternativa.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Leitão Amaro, do Grupo

Parlamentar do PSD.

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Estado, com o Governo de

todas as esquerdas, fez dois maus negócios com o Novo Banco. Mau na venda do Novo Banco parcial e com

garantias e péssimo no perdão de dívida que o Governo das esquerdas fez aos bancos à custa de todos os

contribuintes.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — A venda é melhor do que a nacionalização ou a liquidação, mas

preferir a venda não é aceitar qualquer negócio e este é um mau negócio para o Estado. Mau porque o processo

não fica resolvido — em vez de uma venda total, foi uma venda parcial e com garantias. Mau porque fica

indefinidamente uma participação de 25% e o Fundo de Resolução e o Estado ficam, pelo menos, mais oito

anos amarrados na responsabilidade agora assumida de cobrir perdas e capital.

O Primeiro-Ministro veio dizer que foi o Lone Star que quis que o Estado ficasse no capital do Banco para o

reforçar. Mas lá por o comprador querer o Estado no Banco, por que é que o Governo teve de aceitar?!

O Sr. João Galamba (PS): — Porque senão o comprador não compra! Só havia um comprador!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — É para satisfazer o comprador, assumindo, afinal, o Estado mais

riscos e apoio, ou é um resultado da geringonça, porque o Governo, afinal, desconfia da idoneidade do

comprador, que os parceiros da esquerda ainda agora chamam «fundo abutre»?

Vozes do PSD: — Exatamente!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — É um mau negócio, também, porque comprometeram ainda mais

cortes de pessoal e balcões que já estavam previstos no Plano de Reestruturação em curso. É mau negócio