I SÉRIE —NÚMERO …
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Internacional de Polícia Criminal). Temos vários pontos de contacto nacionais em vários instrumentos
legislativos da União Europeia, como também temos os CCPA (Centros de Cooperação Policial e Aduaneira).
Todos esses canais irão trabalhar em conjunto com o mesmo workflow e com a mesma estrutura gestionária.
Para as pessoas perceberem, é uma espécie de Loja do Cidadão, onde todos trabalham em conjunto num único
espaço, sob a mesma gestão, permitindo, assim, canalizar melhor e de forma mais efetiva não só os pedidos de
informação que nos chegam mas os pedidos que também fazemos aos outros Estados-membros da União
Europeia.
Trata-se apenas de um mecanismo de racionalização do fluxo do intercâmbio de informações e vai ser criado
sem que as respetivas forças e serviços de segurança percam as suas competências. Nada interfere com as
suas competências. É apenas um balcão único para a troca e a partilha de informações.
Também não é só aí que se opera essa partilha de informações, também será feita através da UCAT
(Unidade de Coordenação Antiterrorismo), que tem, neste momento, uma estrutura permanente, entre todas as
forças e serviços de segurança.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr.ª Ministra.
A Sr.ª Ministra da Administração Interna: — Sr. Deputado Fernando Negrão, peço-lhe desculpa, mas não
tenho tempo para continuar a responder. Quando voltar a usar da palavra, continuarei a responder-lhe.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Negrão.
O Sr. FernandoNegrão (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra da Administração Interna, no Relatório Anual
de Segurança Interna deste ano consta o seguinte: «Nos últimos anos, têm vindo a ser recolhidos e avaliados
indícios que dão conta do agravamento de alguns fatores de risco, indícios já detetados no nosso País». Isto
refere-se ao terrorismo.
Por isso, Sr.ª Ministra, pergunto-lhe o seguinte: qual é a preocupação do Governo no que diz respeito a esta
matéria? E realço a pergunta relativamente aos serviços de informação, uma vez que a informação é
fundamental no combate ao terrorismo. Como é que estamos em termos de orgânica dos serviços de informação
em Portugal?
Sr.ª Ministra, através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 7-A/2015, foi aprovada a Estratégia Nacional
de Combate ao Terrorismo. No RASI 2017 é referida a necessidade de elaborar estratégias e planos de ação
decorrentes dessa Estratégia.
Pergunto-lhe, Sr.ª Ministra: qual o ponto da situação de todos os planos e estratégias definidas nessa
Resolução do Conselho de Ministros?
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Ministra da Administração
Interna.
A Sr.ª Ministra da Administração Interna: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Fernando Negrão, a sua
preocupação prende-se com alguns casos que foram muito noticiados, nomeadamente com o caso daqueles
marroquinos radicalizados que estão detidos. Pela primeira vez, verificámos, no nosso País, dois fenómenos
concretos de radicalização e foi precisamente graças à muito boa articulação entre todas as forças e serviços
de segurança que foi possível detetar e monitorizar, e o resultado está à vista. A cooperação internacional foi
exemplar, o que permitiu a detenção de um deles em França e do outro na Alemanha, tendo este sido entregue
a Portugal ao abrigo de um mandado de detenção europeu. Estes processos estão a ser seguidos.
Quanto à Estratégia Nacional de Combate ao Terrorismo, existem vários planos cuja coordenação é da
responsabilidade da Sr.ª Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna e a informação que tenho é a de
que os planos de proteção de infraestruturas nas telecomunicações já estão concluídos.