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I SÉRIE — NÚMERO 97

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Vozes do PSD: — Bem lembrado!

O Sr. Álvaro Batista (PSD): — … talvez sirva para enganar alguns eleitores incautos, mas não vai resolver

o problema às pessoas.

O problema da precariedade é, neste momento, mais sério em Portugal do que nunca, mas não é a «fazer

de conta» que os problemas se resolvem.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Álvaro Batista (PSD): — Sr.ª Deputada, como é que consegue explicar que a precariedade no Estado

tenha aumentado de forma explosiva com este Governo?

Como é que explica que, entre setembro de 2015 e março de 2017, haja no Estado mais 17 000 pessoas

com contratos a prazo? Explique!

Porque é que agora há mais 17 000 contratados a prazo no Estado do que quando o Governo iniciou funções?

Como é que se sentem as esquerdas a apoiar um Governo que aposta massivamente em contratos a prazo?

E o que é que dizem do programa de regularização de precários do Estado só ser concluído em 2018 ou em

2019? Para quê tanta demora?

Protestos do BE e do PCP.

Depois, o que é que pensa o PCP de não serem dados meios à ACT? Porque é que à Autoridade para as

Condições de Trabalho faltam pessoas e orçamento para fazer cumprir a lei laboral?

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Álvaro Batista (PSD): — O que é que pensa o PCP de ainda não terem sido admitidos novos

funcionários na ACT para tapar as vagas causadas pela redução do horário de trabalho?

Se este Governo não consegue cumprir a lei atual — e é o PCP que o escreve nestas propostas —, como é

que querem que ele cumpra uma lei mais exigente?

Se este Governo não consegue conduzir uma carroça na luta contra a precariedade, como é que o PCP quer

que ele conduza um automóvel sem uma roda?

Risos e aplausos do PSD.

Passa pela cabeça de alguém sensato proibir uma empresa que tenha um acréscimo de encomendas de

contratar trabalhadores para fazerem esse trabalho?

Depois, porque é que o PCP agora quer menos negociação coletiva?

No PSD queremos mais espaço para os sindicatos, sobretudo para os sindicatos verdadeiros, os sindicatos

que querem mesmo defender os trabalhadores.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Álvaro Batista (PSD): — Termino já, Sr. Presidente.

A não ser que se destinem a aumentar o desemprego e a agitação social, estas propostas não podem ser

para levar a sério.

Sendo o PCP cúmplice de todas estas situações, enquanto apoiante indefetível deste Governo, deixe que

lhe diga, Sr.ª Deputada, que há um remédio para toda a culpa: reconhecê-la!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Rita Rato.