I SÉRIE — NÚMERO 20
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porque servirá para financiar a segurança social, que é de todos, chama-se justiça redistributiva e este deve ser
um pilar fundamental de qualquer regime fiscal.
Aplausos do BE.
Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, votámos, na generalidade, o Orçamento que negociámos. Votámos na
especialidade o Orçamento que negociámos. Cumprimos com a nossa palavra e vamos voltar a fazê-lo na
votação final global. Fazemo-lo porque não desperdiçamos nenhuma das conquistas que fizemos. Valorizamos
todas, mas também não abandonamos nenhuma luta por cumprir.
O País sabe que conta com a força do Bloco, uma força estável nos seus compromissos, uma força de uma
só palavra, hoje, como sempre.
O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Está-se a ver!
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — O País sabe que conta com o Bloco de Esquerda para não andar para
trás sobre nenhuma das mudanças necessárias por mais difíceis que sejam, por mais coragem que seja
necessária ter para as aprovar. É este o compromisso do Bloco de Esquerda e o País sabe que pode contar
com o Bloco de Esquerda.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos César para uma intervenção.
O Sr. Carlos César (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro e demais Membros
do Governo: Aprovaremos a seguir as Grandes Opções e o Orçamento do Estado para 2018.
Caminhamos, assim, para o terceiro ano desta Legislatura, com um rumo definido, assegurando a
estabilidade política que a oposição se apressara, desde o primeiro dia, a depreciar e reconfirmando um projeto,
que decorre do Programa de Governo sufragado nesta Assembleia.
Este não é, apenas, um Governo do PS, mas não é tão-pouco um Governo refém de qualquer empresa como
de qualquer partido, por mais persuasivo ou loquaz que um ou outro queira parecer. É um Governo de Portugal,
que dispõe de um apoio parlamentar pluripartidário, assumido a mantido com inteira liberdade e que, por isso
mesmo, representa um compromisso decorrente dessa multiplicidade.
Essas contribuições distintas têm permitido, umas vezes, avanços mais arrojados, outras vezes, posições
mais moderadas, mas, sempre, sem prejuízo do discernimento e da coerência da ação desenvolvida.
O PS assumiu-se, nesse primeiro dia, como um fator de esperança.
Hoje, com os resultados que obtivemos, com a credibilidade externa que ganhámos, com os progressos
económicos e sociais que alcançámos, ultrapassámos essa expectativa inicial. Era de esperança, que se falava
há dois anos. Hoje, podemos dizê-lo, é já de confiança que a maioria dos portugueses podem falar.
Aplausos do PS.
Iniciámos esta Legislatura com uma ambição que a direita negligenciou, a de um Governo empenhado em
ajudar as pessoas e as famílias a recuperarem de situações desumanas, a recomporem as suas vidas, o seu
trabalho, os seus rendimentos e os seus direitos duramente feridos nos últimos anos. Conseguimos inverter
essa desproteção que se acumulava, desmentindo ao mesmo tempo as imputações da oposição de práticas
perdulárias ou, ao invés, de austeridades dissimuladas.
Diferentemente, governamos com a solidariedade que é devida e com a sobriedade que a prudência
recomenda. Provamos que as famílias e os portugueses em geral podem contar com o Partido Socialista e
podem contar com o Governo de Portugal.
Aplausos do PS.