I SÉRIE — NÚMERO 20
36
Mas temos, sobretudo, de, com prioridade, vitalizar o investimento público, reforçar a capitalização do tecido
empresarial privado nacional e trabalhar na sua proteção face a riscos previsíveis.
O aumento de 40% do investimento público em 2018, a grande aposta na ferrovia para reforçar as ligações
com Espanha, as envolventes da economia do mar, as diligências para o reforço da capacidade aeroportuária
do País são bons exemplos da orientação acolhida na política orçamental.
O ano de 2018 marcará um significativo aumento da execução dos fundos comunitários no apoio ao
investimento das empresas, embora este ano já tenhamos atingido um valor recorde no pagamento de apoios.
As empresas privadas — afinal, as principais dinamizadoras da nossa economia e do emprego que tem sido
gerado — têm beneficiado, nos últimos dois anos, de condições organizadas para o desenvolvimento da sua
capacidade produtiva e exportadora, longe do quadro de escassez de financiamento que asfixiou tantas
pequenas e médias empresas por este País fora.
Os progressos económicos que temos assistido não caem do céu, nem acontecem por influência exclusiva,
ou mesmo dominante, do enquadramento externo. Na verdade, crescemos acima das médias europeias em
quase todos os indicadores económicos.
No 1.º semestre deste ano, o investimento empresarial atingiu o maior crescimento dos últimos nove anos,
as exportações atingiram o maior crescimento dos últimos oito anos, o stock acumulado de investimento
estrangeiro este ano é o maior de sempre. O ano de 2018 vai ser ainda melhor!
Aplausos do PS.
Este Orçamento contempla importantes medidas na componente fiscal, destinadas a suportar as decisões
de capitalização das empresas e o equilíbrio das suas estruturas financeiras.
Em matéria de apoios financeiros, em 2017, só nas áreas específicas de financiamento do programa
Capitalizar, foram apoiadas mais de 17 600 operações. Para 2018, teremos um reforço de 2600 milhões de
euros, na rubrica «Instrumentos Financeiros», apoiando atividades de investimento em ativos e reforço de
capitais, de fundo de maneio, de investimentos mais longos no âmbito do Portugal 2020, ou de empresas
exportadoras e promoção da internacionalização.
Noutras dimensões empresariais — como no apoio à inovação, à diferenciação de produtos e serviços
nacionais, às parcerias com os meios científicos, à economia circular ou à digitalização da economia —, o
Orçamento para 2018 não só robustece uma orientação amiga das empresas, como as coloca no centro dos
impulsos para um crescimento sustentado e prolongado da economia portuguesa.
O Estado forte, útil e regulador que o PS defende é um Estado amigo da iniciativa. Este Orçamento é, nessa
decorrência, um poderoso instrumento de confiança. As empresas e os empresários podem contar com o Partido
Socialista, podem contar com o Governo de Portugal!
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, a confiança é, sem dúvida, um dos grandes ativos que este Governo conseguiu alcançar.
Confiança na estabilidade política, na sustentabilidade do rumo que estamos a empreender, na trajetória que
estamos a seguir, de redução do défice orçamental, que não prejudica a ação social e o apoio à economia.
Confiança no objetivo de redução da dívida pública iniciada este ano e na poupança conseguida de centenas
de milhões de euros nos seus encargos anuais. Confiança na firmeza que o Governo demonstra em nunca dar
um passo maior do que a perna, que é, como quem diz, em não colocar nunca em perigo os muitos progressos
que temos alcançado e os meios de que necessitamos para os continuar a alcançar.
Aplausos do PS.
Foi isso mesmo que voltamos a fazer na apreciação das propostas de alteração ao Orçamento do Estado,
apresentadas pelos diversos partidos, acautelando as metas financeiras predefinidas e cuidando da coerência
da política orçamental.
Estranhamos que uma oposição que, perante o primeiro Orçamento desta Legislatura, sentenciou que esta
política, cito, «não tem arranjo possível», «não tem emenda», «não tem hipótese de salvação» e que se declarou