I SÉRIE — NÚMERO 24
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Por isso, Meus Amigos, neste quadro específico estamos à espera que a geringonça, desta vez, não respeite
essa coerência histórica e faça aqui a tal maioria que mudou para alterar esta legislação. É convosco! Ficamos
à espera!
Aplausos do PSD.
Protestos do PCP.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção, tem, de novo, a palavra o Sr. Deputado
Jorge Machado, do PCP.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Assistimos a um conjunto de intervenções
— a parte da música celestial dos violinos a tocarem — que têm um ponto em comum, que é a dos elogios à
força da GNR, em que estamos todos de acordo, não há dúvida nenhuma, mas, quando chegamos à discussão
dos direitos, o que tivemos foi um conjunto de argumentos.
Assim, o PS, por via da Sr.ª Deputada Susana Amador, utiliza o estatuto militar e a justificação de que está
tudo bem no âmbito da GNR e diz que o que é preciso é algum diálogo para, eventualmente, fazer alguma
alteração legislativa.
O Deputado José Silvano, do PSD, está preocupado com o estatuto militar e pouco preocupado com os
direitos consagrados para estes profissionais — não há outra preocupação, têm é de ser militares — e essa
justificação serve para carregar e massacrar os direitos dos profissionais, o que é completamente inaceitável.
Aplausos do PCP.
Depois, tivemos a intervenção do CDS, que muitas vezes enche a boca a propósito das forças de segurança
mas que, nesta matéria, fica aquém do que deveria.
Protestos do Deputado do CDS-PP Nuno Magalhães.
Falam em dificuldades de execução, dando voz às resistências internas, que hoje existem na GNR, à
aplicação de um horário de referência…
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — … e — vou terminar — atiram responsabilidades para o Governo.
Estamos a momentos de votar esta matéria e, daqui a pouco, vamos ver os Deputados que se levantam e
os que ficam sentadinhos.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Se for coerente, apresente uma moção de censura, que eu voto a
favor!
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Não há meias-tintas: ou estão de acordo em resolver os problemas ou não
estão de acordo e ficam sentados.
A responsabilidade é vossa, quando votarem estas matérias daqui a pouco tempo.
Aplausos do PCP.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Apresente uma moção de censura e o CDS vota a favor!
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Srs. Deputados, vamos passar ao quarto ponto da nossa ordem
de trabalhos, que consiste na discussão conjunta dos projetos de resolução n.os 909/XIII (2.ª) — Revisão da
Convenção de Albufeira (Os Verdes), 1154/XIII (3.ª) — Recomenda a revisão urgente da Convenção de Albufeira