1 DE MARÇO DE 2018
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nova agenda baseada no conhecimento, na modernização e no progresso e que assenta em três prioridades:
reforçar a capacidade de investigação e de desenvolvimento, apostar na inovação empresarial e qualificar os
portugueses.
Protestos do PSD.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem mesmo de concluir.
O Sr. Ivan Gonçalves (PS): — Cabe a este Governo lançar este modelo de crescimento sustentável e de
inovação.
Termino, Sr. Presidente, questionando o Sr. Primeiro-Ministro…
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ah! Finalmente!
O Sr. Ivan Gonçalves (PS): — … sobre se os jovens portugueses podem contar com este Governo para
materializar esta agenda de progresso e de modernidade e de que forma é que iniciativas como o roteiro do
conhecimento e da inovação podem ajudar a concretizar o potencial que Portugal tem para as próximas décadas.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro para responder.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Ivan Gonçalves, vou responder-lhe
telegraficamente, permita-mo, para poder usar algum do tempo restante a responder a uma questão, que ficou
sem resposta, colocada pelo Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.
Protestos do PSD.
Primeiro, a inovação é, claramente — e isto tem de ser assumido por todos! —, o grande motor do nosso
desenvolvimento e para haver inovação é preciso qualificação das novas gerações. Ora, isto tem de começar
na universalização do pré-escolar, mas tem de prosseguir no combate ao insucesso escolar — e é com grande
satisfação que vemos que, no ano passado, tivemos uma redução significativa no abandono escolar precoce —
e também na ambição que temos de continuar a aumentar o número de estudantes no ensino superior. Nos dois
últimos anos isto foi possível, mas vamos tomar medidas para que aumente essa possibilidade,
designadamente, eliminando as medidas que discriminam os estudantes do ensino profissional no acesso ao
ensino superior. Uma das metas fundamentais que fixámos na nossa agenda para a inovação foi a de, em 2030,
passarmos de 35% para 50% o número de licenciados com idade entre os 30 e os 34 anos e a de passarmos
de 40% para 60% os jovens que, na casa dos 20 anos, tenham concluído o ensino superior.
Depois, é preciso assegurar, obviamente, que esta nova geração não é desperdiçada e que, pelo contrário,
tem boas condições para se fixar e se manter em Portugal. Para isso, o emprego de qualidade é a chave, porque
só um emprego com salário justo e sem precariedade dá esperança de futuro às novas gerações para
desenvolverem a sua vida em Portugal.
Por isso, nós dizemos sempre que a questão da precariedade não é só uma questão de dignidade do próprio
trabalhador, é também essencial à produtividade das empresas, porque se as empresas querem ser
competitivas no novo mercado global têm de ter emprego de qualidade e, para isso, não podem assentar na
precariedade.
Aplausos do PS.
É preciso, também, reforçar o investimento em investigação e em desenvolvimento, e, por isso, fixámos a
grande ambição de, até 2030, 3% do nosso produto interno bruto (PIB) ser investido em investigação e