I SÉRIE — NÚMERO 53
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desenvolvimento porque só com mais inovação, mais emprego qualificado e mais pessoas qualificadas é que
conseguimos fazer da inovação o grande modelo do nosso desenvolvimento.
Creio, por isso, que o que temos de dizer às novas gerações é: quando definimos o emprego de qualidade
como uma meta essencial, é nelas que estamos a pensar; quando definimos a prioridade de uma nova geração
de políticas de habitação, é nelas que estamos a pensar; quando definimos a prioridade dos equipamentos e do
apoio à primeira infância, é nelas que estamos a pensar; quando definimos como prioritário o reforço do
transporte público, não é só a pensar na necessidade de combater as alterações climáticas, é também como
forma de assegurar melhores condições de vida em Portugal para todas as novas gerações que aqui queiram
viver e que precisamos que aqui queiram viver para contribuir para o desenvolvimento do nosso País.
Aplausos do PS.
Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, temos, de uma vez por todas, de ser muito claros e francos com o País:…
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Ah, temos, temos!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … combatemos os incêndios de verão durante o inverno, e combatemos os
incêndios de verão no inverno limpando os matos, diminuindo a carga combustível e ordenando a floresta.
Há um grande trabalho de fundo a fazer para que a floresta volte a ter escala de exploração económica que
permita, efetivamente, a sua manutenção. Por isso, no ano passado, não só melhorámos as condições de
criação das ZIF (zonas de intervenção florestal) como criámos as entidades de gestão florestal, que não implicam
a transferência de propriedade…
O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Vou já concluir, Sr. Presidente.
Como dizia, as entidades de gestão florestal não implicam a transferência de propriedade mas permitem o
arrendamento das pequenas propriedades, de forma que possam ser exploradas numa escala maior.
É absolutamente essencial compreendermos que, se deixarmos a floresta entregue à mini e à
micropropriedade, como ela hoje existe, continuaremos a ter a mesma floresta desordenada e o mesmo
desaproveitamento da massa combustível. Por isso, temos de avançar também com as centrais de biomassa e,
por isso, temos de avançar também com todo o programa que temos lançado para a criação da rede primária,
da rede secundária, das linhas de proteção e da limpeza à volta das casas e das povoações.
O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, já excedeu em muito o seu tempo.
O Sr. João Oliveira (PCP): — E as matas nacionais?
O Sr. Primeiro-Ministro: — Quanto às matas nacionais, temos precisamente as metas que estão definidas
e que constam do Orçamento do Estado para criar novos 500 km de rede primária, repor 300 km da rede primária
anterior…
O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, faça o favor de terminar.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Vou já terminar, Sr. Presidente.
O resto mando-lhe por escrito, Sr. Deputado.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Catarina Martins, do Grupo Parlamentar do Bloco de
Esquerda, para formular perguntas.