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I SÉRIE — NÚMERO 53

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É que na área da saúde temos ouvido dizer isso em relação a muitos temas e se volto a trazer aqui este

tema, Sr. Primeiro-Ministro, é porque dívidas em atraso significa falta de qualidade do serviço prestado aos

utentes.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Outra pergunta que tinha para lhe fazer diz respeito às unidades de

cuidados continuados, onde há dívidas que já passam os quatro meses de atraso às entidades que têm estas

unidades de cuidados continuados. São utentes que ficam numa situação bastante mais complicada quando

não chega aos hospitais aquilo que é necessário para fazer as cirurgias que estão programadas e elas são

adiadas ou canceladas.

Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, este não é um tema esotérico nem um tema que se vai gerindo ao longo do

ano — ora sobe, ora desce! Cada vez que as dívidas aumentam são utentes, são doentes que veem os serviços

degradados.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — São utentes, são doentes que veem cirurgias canceladas, são

enfermeiros, médicos e auxiliares que desesperam porque não têm condições para exercer o seu trabalho.

Sr. Ministro das Finanças, não sorria! Aliás, eu espero poder ouvi-lo na Comissão de Saúde e em outras

comissões sobre estas matérias, porque não é uma matéria para sorrir, Sr. Ministro das Finanças, não é! O Sr.

Ministro devia sentir-se particularmente afetado por esta matéria, porque eu oiço relatos de norte a sul do País

sobre o que se está a passar.

De resto, não sou só eu que oiço, os senhores também hão de ver as notícias, também hão de saber que,

por exemplo, ainda ontem se demitiram os diretores dos hospitais de Faro porque havia uma pressão para dar

alta a doentes porque já não havia sítio para internar mais doentes, ou, por exemplo, que as camas de

reabilitação no sul ou em Alcoitão não estão a ser utilizadas porque faltam profissionais de saúde.

A minha pergunta — já a fiz várias vezes e volto a fazê-la — é: quando é que a saúde vai ser prioridade para

este Governo?

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Deputada, de 15 em 15 dias, a Sr.ª Deputada coloca mais ou menos as

mesmas questões, salvo aquelas que deixa de colocar — salvo aquelas que deixa de colocar!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — É bem verdade! Não é um bom sinal para si!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Vou começar pela última que colocou. A saúde é uma prioridade para este

Governo desde o primeiro dia em que este Governo iniciou as suas funções.

Aplausos do PS.

Protestos do CDS-PP.

E é por isso, graças e essa prioridade, que não só a despesa pública com saúde tem aumentado desde que

tomámos posse como temos hoje mais 5000 profissionais no Serviço Nacional de Saúde do que tínhamos

anteriormente, como temos mais unidades de saúde familiar (USF), temos mais camas de cuidados continuados

e temos, sobretudo, mais consultas nas USF, mais consultas nos hospitais, mais intervenções cirúrgicas nos

hospitais e a produção no Serviço Nacional de Saúde aumentou. Esta é a realidade.