I SÉRIE — NÚMERO 69
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Srs. Deputados, vai agora ser lido o voto n.º 513/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de José Lima Monteiro
Andrade, apresentado pelo CDS-PP.
Para o efeito, tem a palavra a Sr.ª Secretária Idália Salvador Serrão.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«José Joaquim Lima Monteiro de Andrade faleceu no passado dia 3 de abril vítima de doença prolongada.
Nascido no vale de Santarém em 1948, licenciou-se em Engenharia pelo Instituto Superior de Agronomia e
foi à agricultura que dedicou empenhadamente uma vida, de que se destacam ainda as atividades associativa
e política.
Além de professor na Escola Superior Agrária de Santarém, foi presidente da Confederação dos Agricultores
Portugueses e fundou o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas em Santarém, tendo sido o seu
primeiro presidente.
Foi Deputado à Assembleia da República entre 1976 e 1980 e eleito vereador na Câmara Municipal de
Santarém em 2001 pelo Partido Social-Democrata, funções que exerceu com indelével empenho e lucidez.
O Engenheiro José Andrade foi um homem de convicções, ligado à terra, comprometido com a defesa do
mundo rural e da agricultura portuguesa.
Deixou-nos um grande ribatejano, um grande português. É, pois, com profunda tristeza que a Assembleia da
República, reunida em sessão plenária, assinala o seu falecimento, transmitindo à sua família e amigos o mais
sentido pesar.»
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Srs. Deputados, vamos votar.
Submetido à votação foi aprovado por unanimidade.
Srs. Deputados, antes de fazermos 1 minuto de silêncio, há dúvidas sobre se o voto seguinte, apresentado
pelo PS, de condenação e pesar pela violência do exército israelita contra a Marcha do Retorno, se deveria
incluir neste minuto de silêncio.
Peço ao autor da iniciativa, o PS, que esclareça a Mesa.
Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Delgado Alves.
O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr. Presidente, não faz sentido incluir esse voto no minuto de silêncio.
Tendo em conta o âmbito mais abrangente da discussão e dos votos que se seguem, faz sentido que seja
agora observado o minuto de silêncio.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — É também esse o entendimento da Mesa.
Vamos, então, guardar 1 minuto de silêncio.
A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.
Srs. Deputados, vamos passar ao voto n.º 511/XIII (3.ª) — De condenação e pesar pela violência do exército
israelita contra a Marcha do Retorno, apresentado pelo PS.
Para proceder à leitura do voto, tem a palavra a Sr.ª Secretária Idália Salvador Serrão.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«No passado dia 30 de março, milhares de palestinianos juntaram-se em cinco diferentes pontos ao longo
da fronteira de Gaza com Israel, na chamada Grande Marcha do Retorno, destinada a reivindicar, entre outros,
o direito de retorno dos refugiados palestinianos.
Neste contexto, verificaram-se confrontos entre os manifestantes e as forças israelitas chamadas a reforçar
as fronteiras, tendo a resposta do exército de Israel sido de grande violência e desproporção, com relato
comprovado de utilização de munições reais contra manifestantes desarmados, havendo o registo de, pelo
menos, 18 mortos palestinianos e mais de 1400 feridos, levando ao congestionamento intenso do hospital central
de Shifa, que já trabalha em condições muito precárias.